A violência política e as suas consequências foram o tema do discurso do deputado Sergio Majeski (PSDB), durante a Fase das Comunicações da sessão ordinária híbrida desta quarta-feira (17).
O deputado discorreu sobre o ambiente eleitoral e o radicalismo político, enfatizando que adversário político não é inimigo, logo não deve ser eliminado. Ele ressaltou que essa situação não é um fenômeno que ocorre de um dia para o outro, mas que se alimenta com o tempo, e que opinião não é uma verdade absoluta.
Opiniões diferentes sobre política, religião, sexualidade ou quaisquer outros assuntos não podem ser motivação para a eliminação física do outro, segundo ele. Para elevar o discurso e o debate é preciso tratar das questões que interessam à população, assegurou o deputado.
“Quando a gente fala da política e dos debates políticos tão necessários e que deveriam ser saudáveis numa democracia, quando eles descambam para a ofensa, para a violência e para o radicalismo, isso não contribui em absolutamente nada. Devemos viver esse momento pré-eleição como um momento de debate que efetivamente interessa à população”, discursou.
“Adversário não pode ser considerado inimigo. Não posso enxergar no adversário político um inimigo e que preciso aniquilá-lo. Assim como opinião não é verdade absoluta. Tenho direito de manifestar minha opinião e preciso respeitar a opinião do outro”, refletiu Majeski.
O deputado alertou que essa situação de intolerância em relação às diferenças pode levar à violência absoluta. “Quando a gente passa a considerar o outro, aquele que pensa diferente, que tem um raciocínio diferente, que tem uma religião diferente como inimigo, nós descambamos para a violência absoluta”, disse.
Majeski concluiu: “(A violência) não acontece do dia para a noite. Isso acontece quando a gente vai fomentando o discurso de que aquele que é diferente de mim, aquele que pensa diferente de mim, aquele que tem outra religião não vale nada, é inferior a mim, é um perigo, um risco, até chegar ao ponto de uma parte da população começar a acreditar que eliminá-lo, matá-lo, espancá-lo é fazer um favor. O radicalismo tende a descambar para a violência e, às vezes, uma violência sem precedentes” alertou o deputado.
Venezuelanos
Em seu discurso, o parlamentar também comentou sobre a chegada de ônibus procedente do estado da Bahia com 25 indígenas venezuelanos, que foram deixados perto da rodoviária de Vitória. Segundo ele, a prefeitura da capital já os encaminhou para um abrigo.
Ele disse que esse fato faz lembrar como são tratados os refugiados pelo mundo. Makeski questionou como um país rico como a Venezuela chegou ao ponto de ver milhões de seus cidadãos migrando para os países vizinhos e afirmou que vai acompanhar a situação para que os indígenas sejam tratados com dignidade.
Para Sergio Majeski, adversário político não é inimigo e opiniões diferentes não podem ser motivação para ofensa ou violência física
Violência política é tema de discurso na sessão
Fonte: Assembleia Legislativa do ES.
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Violência política é tema de discurso na sessão