Por AQUINOTÍCIAS.COM
Deputado estadual e prefeito por dois mandatos, Carlos Casteglione (PT) é hoje um dos principais nomes na disputa de Cachoeiro de Itapemirim e região Sul do Espírito Santo para a Assembleia Legislativa.
Formado em Ciências Biológicas, sua militância política começou ainda jovem, com raízes na igreja católica. Sua ascensão não foi com sua primeira eleição de deputado estadual, mas, sim, derrotando os figurões da política cachoeirense: Roberto Valadão e Theodorico Ferraço, por duas vezes, sendo a primeira diretamente e a segunda quando ambos apoiaram o então candidato Glauber Coelho.
Seu mandato como prefeito se encerrou em 31 de dezembro de 2016. De lá para cá, chegou a assumir a Secretaria de Estado de Trabalho, Assistência e Desenvolvimento Social do Espírito Santo, mas por orientação do partido, abandonou o cargo e, desde então, vem sendo um expectador atento do que vem ocorrendo no Brasil e, principalmente, no Estado. Candidato a deputado estadual, Casteglione conta um pouco os motivos que o levaram a retornar a uma disputa eleitoral.
“CACHOEIRO, VANGUARDA NA QUESTÃO INTELECTUAL E DE PRODUÇÃO CULTURAL, JÁ OUSOU DUAS VEZES EM ELEGER UM PREFEITO DO PT E TAMBÉM DUAS VEZES DEPUTADO”
Candidato, por que disputar novamente uma eleição?
Carlos Casteglione: Essa não foi uma decisão minha, unilateral e pessoal. Existe a preocupação em relação ao enfraquecimento político da nossa região Sul do Espírito Santo, que acaba contribuindo na prática para gerar, por exemplo, o desemprego. Como deputado estadual, vou defender questões relacionadas a todo o estado do Espírito Santo, porém com um compromisso regional, com pautas focadas na região. Não podemos perder representatividade no Poder Legislativo. Por isso, faço o apelo para que os eleitores não pulverizem seus votos em candidatos de fora do Sul do ES. Minha candidatura é para fortalecer a nossa frágil representação na Assembleia Legislativa. Uma região sem força política, vai sofrer economicamente ainda mais. Defendo que os eleitores do sul capixaba votem em candidatos do sul do capixaba. Para que tenhamos uma frente ampla e forte para os desafios importantes que temos pela frente.
Com a experiência de dois mandatos como deputado estadual e dois mandatos como prefeito, o que o senhor ainda pode fazer que não tenha sido possível?
Muitas coisas. Os tempos são outros e as demandas também. Mas com a experiência acumulada à frente do Executivo Municipal, acredito que o mandato no Legislativo poderá servir como uma importante ferramenta na busca de melhorias nas ações como Saúde, Educação, Agricultura e Desenvolvimento Social e Econômico.
Como isso se daria?
Primeiro, fomentando os debates. Uma frente ampla para buscar soluções conjuntas para fazer nossa região reencontrar o caminho do desenvolvimento. A Assembleia Legislativa é o fórum ideal para isso. E também através de emendas feitas ao orçamento, para que os recursos cheguem a todos os municípios e se tornem em benefícios diretos para a população.
“CACHOEIRO, VANGUARDA NA QUESTÃO INTELECTUAL E DE PRODUÇÃO CULTURAL, JÁ OUSOU DUAS VEZES EM ELEGER UM PREFEITO DO PT E TAMBÉM DUAS VEZES DEPUTADO”
O senhor é do Partido dos Trabalhadores, o PT. Acha que isso pode atrapalhar?
De maneira nenhuma. Veja bem a conjuntura nacional: hoje, o nosso candidato Haddad venceria o segundo turno das eleições presidenciais. Temos a ex-presidenta Dilma liderando as intenções de voto para o Senado em Minas Gerais. Tem ainda o vereador Eduardo Suplicy liderando as intenções de voto para o Senado em São Paulo. O nosso Estado é um pouco mais conservador que os demais da nossa região, mas uma cidade como Cachoeiro, vanguarda na questão intelectual e de produção cultural, já ousou duas vezes em eleger um prefeito do PT e também duas vezes deputado. A nossa ligação com o povo daqui vai para além dessas questões partidárias. Tem muito carinho, consideração e respeito envolvidos.
Como o senhor tem avaliado o cenário atual dessa eleição?
É uma eleição muito diferente das anteriores. O tempo de TV e de rádio não tem tido tanta influência nas candidaturas majoritárias. Além disso, há um clima hostil que é péssimo para a condução dos debates qualificados. Mas nós confiamos que o povo saberá distinguir e fazer boas escolhas. Nossa campanha está caminhando com toda humildade, colocando nosso nome mais uma vez a disposição para fazer o que sabemos melhor: trabalhar, trabalhar e trabalhar.
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