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Preço do arroz dispara e pacote de 5 kg já passa dos R$ 40

Um pacote de cinco quilos, normalmente vendido a cerca de R$ 15, agora passa dos R$ 40 nas gôndolas dos supermercados.

Se não bastasse a pandemia do novo coronavírus que cortou milhares de empregos, os brasileiros agora são assombrados com a disparada dos preços de itens essenciais da cesta-básico, como o arroz.

De acordo com dados do IPCA (Índice de Preços para o Consumidor Amplo) de agosto, divulgado nesta quarta-feira, 9, pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), o arroz registrou valorização de 19,2% no ano.

Em 12 meses, a alta do preço do arroz chega a 100%, segundo levantamento do Cepea (Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada), da Esalq/USP.

E a previsão não é nada otimista para os próximos meses. Como estamos na entressafra, os preços tendem a continuar a subindo até o início de 2021.

Especialistas apontam a alta do dólar e o auxílio emergencial como responsáveis pela escalada de preços do produto.

Com a moeda americana muito valorizada em relação ao real, a venda ao exterior se torna uma forte concorrente do mercado interno, já que é mais vantajoso vender o produto lá fora. Como consequência, a oferta interna da mercadoria diminuiu.

Na outra ponta está o auxílio emergencial, que injetou milhares de reais na economia brasileira nos últimos meses, garantindo recursos para famílias. Com a alta na procura, os preços tendem a subir.

Outro fator destacado é a safra de arroz menor neste ano, ao mesmo tempo em que a procura no país pelo produto cresceu durante a pandemia.

A queda na quantidade de arroz armazenado entre uma safra e outra também tem contribuindo para o aumento de preços. Há uma década, o volume de arroz guardado na entressafra era de 2.500 toneladas, índice que caiu 80%, para 500 toneladas na temporada atual, segundo dados do IRGA (Instituto Rio-grandense do Arroz).

Desabastecimento de arroz

Ontem,  a ministra da Agricultura, Tereza Cristina, afirmou que não vai faltar arroz no mercado. “O arroz não vai faltar. Agora ele está alto, mas nós vamos fazer ele baixar, se Deus quiser vamos ter uma supersafra no ano que vem”, declarou.

Em entrevista à CNN Brasil, a ministra também disse que o governo não fará nenhum tipo de intervenção nos preços dos principais alimentos da cesta básica brasileira, como arroz, feijão, leite e óleo de soja –produtos que têm apresentado forte inflação nas últimas semanas.

“Estamos vivendo uma situação de transição, é uma questão pontual e que vai passar. O governo não vai fazer nenhuma intervenção em preços de mercado, o que estamos fazendo é monitoramento constante”.

Patriotismo

Na semana passada, o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) pediu “patriotismo” aos supermercados para segurar os preços de itens da cesta básica. “Estou pedindo um sacrifício, patriotismo para os grandes donos de supermercados para manter na menor margem de lucro”.

FONTE:MSN notícias

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