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O que o nervosismo pode causar na gravidez?

close de mulher nervosa
O nervosismo não pode tomar conta da gravidez

Mesmo sendo bem vinda para muitas mulheres, a gestação não é sempre um mar de rosas. Sentir nervosismo na gravidez é bastante comum, a questão é: quais são as consequências desse estresse?

Antes de qualquer coisa é preciso compreender que a saúde mental de uma grávida é tão importante quanto a física. É importante que ambas recebam o devido cuidado e atenção.

E se você não sabe como o psicológico da mãe atua no desenvolvimento do bebê, confira as informações a seguir. Boa leitura!

Entenda quais são os principais motivos de nervosismo na gravidez

grávida com nervosismo
As preocupações durante a gravidez têm diferentes tipos de origem

Pesquisar o melhor parto, passar horas lendo sobre o que é seguro para o bebê, aprender sobre papinhas, tudo faz parte do momento da gestação. A questão é que muitas mulheres acabam se sentindo como se estivessem ficando para trás, causando estresse e nervosismo na gravidez. E isso é bastante comum e até normal.

Os motivos mais comuns de preocupação são variados, mas geralmente passam por:

  • medo de sofrer aborto;
  • apreensão com o parto;
  • desconforto com as mudanças físicas, como náusea, cansaço, mudança de humor;
  • excesso de trabalho para se preparar para a chegada do filho;
  • insegurança sobre saber cuidar do bebê;
  • orçamento apertado.

Há ainda o estresse sobre estar estressada, já que há muita pressão para que a grávida se mantenha saudável. Logo, embora certos sentimentos sejam aceitáveis, é preciso tomar cuidado para que não ultrapassem limites.

Aprenda a distinguir o tipo de estresse

Uma certa tensão eventual faz parte da gestação. No entanto, quando o nervosismo na gravidez passa a comprometer a sua rotina, é preciso ligar o alerta. Se está afetando o seu dia a dia, são grandes as chances de que o bebê também esteja sentindo a tensão.

Antes de qualquer coisa, porém, é importante separar o nervosismo ocasional do que é considerado além do normal.

Quando seu corpo entra no modo “briga”, são produzidos hormônios que afetam o sistema nervoso fetal. Os gatilhos com mais poder de afetar mãe e filho são:

  • grandes mudanças, como morte na família, divórcio, perda de emprego;
  • dificuldades de longo prazo, como problemas financeiros graves, doenças familiares, depressão e distúrbio de ansiedade;
  • desastres como furacão, terremotos, ou eventos inesperados, como acidentes;
  • exposição a situações como racismo ou preconceito contra minorias, que te coloquem em foco.

Também é preciso ficar atento a um nervosismo constante sobre o momento de dar a luz. É importante que, em algum momento, você sinta que é apenas uma preocupação passageira. No entanto, se você sentir o coração acelerado constantemente, achando que tudo vai dar errado, seu nervosismo pode estar relacionado a crises de ansiedade, por exemplo. É mais comum em quem já passou por algum estresse grande, ainda que antes da gravidez.

Veja como o nervosismo na gravidez afeta a gestação

mulher mostrando raio-x de feto
O desenvolvimento do feto pode ser afetado

Um estudo publicado pela revista científica Clinical Endocrinology apontou que altos níveis de nervosismo na gravidez pode afetar sua função cerebral e o comportamento. Além disso, há indícios de que o estresse materno age no desenvolvimento do feto, podendo inclusive diminuir no QI.

O sentimento de estar constantemente nervosa faz com que hormônios do estresse aumentem no líquido amniótico. Por enquanto, não há comprovação de suas consequências, porém, alguns riscos estão relacionados.

Pré-eclampsia

É um erro pensar que o estresse é o principal causador da hipertensão. Contudo, se trata de um fator que pode contribuir para piorar a condição. Na prática, isso significa que uma mulher que já tem pressão alta tende a aumentar os níveis quando nervosa. Cria-se assim um efeito cascata, com chances de desenvolver pré-eclampsia.

Aborto

Uma revisão científica de 2017 aponta que há duas vezes mais chance de uma mulher ter um aborto espontâneo quando vive situação de extremo estresse. Não se trata do nervosismo do dia a dia, mas de alguma situação traumática de grande porte. Apesar disso, o ambiente de trabalho com muita pressão também foi relacionado como um risco extra à perda do bebê.

Parto prematuro

Apesar de também não contar com respaldo comprovado, há estudos que apontam que o parto prematuro também se relacionado ao nervosismo na gravidez. A consequência, nesse caso, é que a criança pode ter dificuldade de desenvolvimento, além de doenças crônica, como diabetes e hipertensão ao longo de seu crescimento.

Convém dizer que essas são situações extremas, com riscos que ainda não possuem concordância de toda comunidade científica. Por enquanto, são apenas evidências do que o nervosismo na gravidez pode causar.

Confira dicas para reduzir o estresse

mulher grávida meditando
A meditação é uma forma simples de controlar o nervosismo na gravidez

Conhecimento é poder. Se você vive uma gravidez estressante, o ponto de partida é compreender de onde está vindo o nervosismo. É importante começar sempre conversando com o médico de confiança. São muitas as mães que se preocupam à toa, apenas por estarem inseguras.

Outras dicas essenciais:

  • manter um diálogo aberto com o parceiro e a família;
  • reduzir as cobranças;
  • fazer sessões de terapia;
  • praticar atividade física;
  • apostar na meditação;
  • planejar os gastos;
  • evitar conflitos;
  • pesquisar e tirar todas as dúvidas;
  • usar medicação.

Durante muito tempo, existia a ideia de que grávida não poderia tomar remédio. Entretanto, as fórmulas avançaram bastante e, se houver necessidade, existem medicações eficientes e seguras para a gestação.

Saiba quando pedir ajuda para tratar o nervosismo na gravidez

mulher grávida fazendo terapia
A terapia é uma importante ferramenta para reduzir o estresse

Muitas gestantes sentem que precisam passar por tudo sozinha e isso não é verdade. O nervosismo na gravidez deve ser tratado. Se forem apenas preocupações simples, a gestante vai conseguir ter mais confiança. Contudo, se forem níveis de estresse extremos, é indispensável pedir ajuda especializada.

Para Quem não sabe quando fazer isso, a dica é avaliar os sintomas. Se houver taquicardia, sensação de ansiedade, aperto no peito e constante preocupação, vale conversar com o médico e pedir encaminhamento. Psicólogo ou psiquiatra vão saber interpretar melhor os sintomas.

Em resumo, o nervosismo na gravidez é normal até que comece a atrapalhar a rotina. Ainda que as consequências para o bebê ainda estejam em fase de estudo, é essencial prevenir qualquer efeito colateral do estresse. Tanto a mãe quanto o filho precisam ser devidamente atendidos o quanto antes.

Se você ainda tem dúvidas sobre o uso de medicamentos na gestação, aproveite para ler o artigo sobre Fluoxetina na gravidez. Você vai entender melhor o que é proibido e o que está liberado nessa fase!

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