Foi-se o tempo em que a gestação precisava ser super cheia de cuidados. A gestante tem muito mais liberdade do que anos atrás. Mas será que isso significa que pode tomar fluoxetina na gravidez ou não?
O uso de antidepressivos e ansiolíticos é bastante comum nas mais diversas idades. Contudo, durante a gravidez, a montanha-russa de emoções pode fazer com que a mulher fique ainda mais ansiosa ou tenha crises depressivas. Por isso, é importante manter o tratamento adequado.
E é sobre como os medicamentos precisam ser inseridos nessa rotina que vamos falar a seguir. Confira o artigo!
Conheça o funcionamento da Fluoxetina na gravidez
Muito chamado de Pílula da Felicidade, a Fluoxetina é um antidepressivo potente. Sua ação está relacionada aos níveis de serotonina no cérebro. A serotonina é um neurotransmissor que ajuda a regular emoções como humor, bem estar, apetite, concentração, sono e ansiedade.
A prescrição do remédio é feita por especialistas após um diagnóstico detalhado. Antes de iniciar o tratamento com fluoxetina, é preciso confirmar que há desequilíbrio na produção de serotonina. São considerados então os possíveis efeitos colaterais e definida a dose ideal, que pode ser em comprimido ou gotas.
O mais indicado é que o medicamento seja acompanhado de terapia. Não basta apenas corrigir os neurotransmissores, há questões emocionais a serem consideradas.
Durante a gravidez, acontecem muitas mudanças hormonais no corpo feminino. Logo, a retirada súbita da fluoxetina pode ser bastante prejudicial, servindo como gatilho para ansiedade e depressão.
Descubra se grávida pode tomar antidepressivo e ansiolítico
Embora existam medicamentos que prejudicam a gestação, há fórmulas que estão liberadas durante a gravidez. Antes de pensar na fluoxetina na gravidez, há que se considerar a classificação desse remédio.
Os chamados inibidores seletivos da recaptação de serotonina são considerados seguros para mulheres grávidas. Há inclusive a possibilidade de iniciar sua ingestão durante a gravidez. Seu consumo regular não prejudica a formação do feto.
Enquanto isso, fármacos como amitriptilina, imipramina e nortriptilina devem ser evitados. Sua formulação não afeta o desenvolvimento inicial do primeiro trimestre. Contudo, pode causar abstinência quando tomado além do terceiro trimestre. Há inclusive relatos de síndrome de abstinência em recém nascidos.
Na prático, isso significa que antidepressivos e ansiolíticos não estão proibidos durante a gestação. Entretanto, é preciso ter em mente que o remédio precisa passar pela aprovação médica. É o especialista que vai determinar qual é a fórmula adequada para a sua gravidez.
Entenda se faz mal tomar fluoxetina na gravidez
A boa notícia é que a fluoxetina está na lista de inibidores seletivos da recaptação de serotonina. Ou seja, é possível tomar a fluoxetina na gravidez com riscos controlados. Isso significa que a ação do medicamento é tão indispensável que mesmo que possa acontecer algum efeito indesejado, eles são menores.
De acordo com uma escala médica, a fluoxetina representa baixo risco obstetrício. Os problemas mais comuns que podem acontecer com sua ingestão são:
- teratogênese: algum tipo de alteração na formação do feto no primeiro trimestre;
- retardo de crescimento: com o bebê demorando mais a se formar;
- malformações fetais e disfunções neurológicas: quando o remédio é tomado no segundo e terceiro trimestres.
Além disso, há na literatura alguma constatação de mais irritabilidade em crianças que nasceram de mães que utilizam fluoxetina. Choro constante, tremores e dificuldade para dormir também entram na lista de riscos raros.
Convém dizer que essas possibilidades não significam que o remédio não deva ser tomado. O que acontece é que a depressão também pode afetar o desenvolvimento do bebê. O estado emocional pode causar:
- baixo peso;
- parto prematuro;
- pré-natal inadequado ou ausente;
- incapacidade de perceber o início do parto;
- suicídio materno;
- aumento da chance de abuso fetal;
- neonaticídio.
Ou seja, é indispensável que a fluoxetina na gravidez passe por uma triagem médica. É o especialista que vai mensurar se é mais indicado continuar com a medicação ou apostar em alguma alternativa sem efeitos colaterais.
Veja porque você nunca deve parar o remédio por conta
Talvez você tenha lido a lista acima e decidido largar o medicamento. No entanto, é essencial que você nunca abandone um tratamento por conta própria. Ainda que o humor melhore maravilhosamente com a gestação, infelizmente isso não significa que a depressão tenha sido curada.
Na verdade, de acordo com um estudo italiano realizado pelo Centro de Depressão, Ansiedade e Ataque de Pânico de Turim, há 70% de recaída quando o tratamento é interrompido de forma inadequada. E durante a gravidez esses índices são ainda mais relevantes.
Durante o pós parto, as alterações hormonais são ainda mais intensas. Além disso, a pressão do momento do nascimento do bebê pode servir de gatilho para a depressão. A fluoxetina na gravidez funciona como uma forma de manter o equilíbrio e prevenir a depressão pós-parto.
Saiba quando investir em medicamentos naturais
Como mencionamos acima, a fluoxetina é um remédio devidamente prescrito após diagnóstico fechado. No entanto, durante a gravidez, algumas mulheres podem desenvolver sintomas mais leves e temporários de ansiedade e tristeza. Nesse caso, se o especialista considerar que não há necessidade de medicamento, os remédios naturais podem ser eficientes.
Da mesma forma como nos fármacos, é importante, então, analisar os possíveis efeitos colaterais de substâncias naturais. A camomila, por exemplo, é excelente para trazer mais calma. No entanto, chás de gengibre e canela estão amplamente restritos. A ação de seus nutrientes não é segura para o bebê, logo, devem ser evitados.
A opção por calmantes ou ansiolíticos naturais precisa passar também pelo especialista. Vale conversar tanto com o psiquiatra quanto com o próprio ginecologista. São eles que vão poder dar o devido aval para que você tome qualquer aditivo não previso.
Lembre de sempre consultar o especialista
É importante frisar ainda que esse artigo não substitui uma consulta médica. Reunimos dicas e informações do seu interesse, porém, é apenas o especialista que vai fornecer as informações mais confiáveis de acordo com o seu organismo.
Em resumo, a fluoxetina na gravidez não está proibida, mas precisa de acompanhamento. Se você tomava antes de ficar grávida, é importante não abandonar o tratamento e conversar com o médico para saber como proceder.
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