Em fevereiro, foi divulgada a estimativa de produção de cereais, leguminosas e oleaginosas para 2024, totalizando 300,7 milhões de toneladas. Isso representa uma redução de 4,7% em relação a 2023, com uma diminuição de 14,7 milhões de toneladas em comparação ao ano anterior. Essa estimativa também ficou 0,9% abaixo do número informado em janeiro, com uma queda de 2,7 milhões de toneladas.
A área a ser colhida é de 78,0 milhões de hectares, um crescimento de 0,2% em relação a 2023, com um acréscimo de 160,5 mil hectares. Em relação aos principais produtos, como arroz, milho e soja, eles representam 92,0% da estimativa de produção e respondem por 86,9% da área a ser colhida. Houve aumentos na área a ser colhida do algodão herbáceo (8,6%), do arroz (4,4%), do feijão (5,5%), do trigo (0,3%) e da soja (2,1%). Por outro lado, a área de milho teve um declínio de 4,7% (com queda de 7,7% no milho 1ª safra e de 3,8% no milho 2ª safra) e o sorgo também teve uma redução de 5,5%.
Na comparação da produção, houve acréscimos de 5,6% para o algodão herbáceo, 1,3% para o arroz, 8,1% para o feijão e 24,2% para o trigo. Por outro lado, a soja teve uma redução de 1,8%, o sorgo de 14,0% e o milho de 10,8% (com reduções de 9,6% no milho 1ª safra e de 11,2% no milho 2ª safra).
A estimativa para a produção de soja em fevereiro foi de 149,3 milhões de toneladas, enquanto a do milho totalizou 116,9 milhões de toneladas (25,1 milhões de toneladas de milho na 1ª safra e 91,8 milhões de toneladas de milho na 2ª safra). A produção de arroz foi estimada em 10,4 milhões de toneladas, a de trigo em 9,6 milhões de toneladas, a do algodão herbáceo em 8,2 milhões de toneladas e a do sorgo em 3,7 milhões de toneladas.
Quanto à distribuição regional, a produção de cereais, leguminosas e oleaginosas apresentou variação anual positiva para as Grandes Regiões Sul (10,3%) e Norte (2,1%), e negativa para as demais: Centro-Oeste (-12,1%), Sudeste (-8,7%) e Nordeste (-4,3%). Na variação mensal, as regiões Norte (1,7%) e Nordeste (1,6%) apresentaram crescimento, enquanto as demais tiveram declínios: Sudeste (-3,2%), Sul (-2,0%) e Centro-Oeste (-0,5%).
Mato Grosso se destaca como o maior produtor nacional de grãos, com 27,9% de participação, seguido pelo Paraná (13,5%), Rio Grande do Sul (13,4%), Goiás (10,1%), Mato Grosso do Sul (8,9%) e Minas Gerais (5,7%), que juntos representam 79,5% do total. Em relação às participações por região, temos Centro-Oeste (47,1%), Sul (29,3%), Sudeste (9,3%), Nordeste (8,6%) e Norte (5,7%).
Destacando as mudanças na estimativa de fevereiro em relação ao mês anterior, observamos aumentos na produção de feijão 2ª safra, café canephora, feijão 1ª safra, feijão 3ª safra, cacau, tomate, e quedas na produção de cevada, trigo, aveia, milho 1ª safra, batata 1ª safra, uva, fumo, soja, batata 2ª safra e milho 2ª safra.
Por fim, a produção de diversos produtos agrícolas como batata, cacau, café, cereais de inverno, feijão, fumo, milho, soja, tomate e uva teve suas estimativas divulgadas para o ano de 2024, refletindo variações em relação ao ano anterior e às previsões anteriores. Além disso, a distribuição da produção por regiões e estados aponta para Mato Grosso como líder na produção nacional de grãos e outros produtos, seguido por outros estados como Paraná, Rio Grande do Sul e Goiás.
Portal IBGE
