O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) divulgou recentemente os valores de rendimento nominal mensal domiciliar per capita (RDPC) e os Coeficientes de Desequilíbrio Regional (CDR) referentes a 2023 para o Brasil e três Grandes Regiões: Norte, Nordeste e Centro-Oeste. Esses dados são calculados com base na Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (PNAD) Contínua, conforme estabelecido pelo Decreto 9.291/2018.
Rendimento e Desigualdade nas Regiões
Em 2023, o rendimento nominal domiciliar per capita no Brasil foi de R$ 1.893. No entanto, ao analisar por regiões, observamos disparidades significativas. Na Região Norte, o RDPC foi de R$ 1.314, com um CDR de 0,69. Já no Nordeste, o rendimento foi de R$ 1.155, com um CDR de 0,61. Por fim, o Centro-Oeste teve o maior RDPC, atingindo R$ 2.264, e um CDR de 1,00.
Metodologia de Cálculo
Os coeficientes de desequilíbrio regional são calculados comparando os rendimentos regionais com a média nacional. Esses valores são obtidos a partir dos rendimentos de trabalho e outras fontes, considerando as informações da PNAD Contínua. O cálculo leva em conta os rendimentos brutos efetivamente recebidos no mês de referência da pesquisa, agregando os dados dos trimestres que compõem o ano de 2023.
Aplicação dos Coeficientes
De acordo com o decreto 9.291/2018, os coeficientes de desequilíbrio regional são utilizados na apuração dos encargos financeiros incidentes sobre os financiamentos de operações de crédito com recursos do Fundo de Financiamento do Nordeste (FNE), do Fundo de Financiamento do Norte (FNO) e do Fundo de Financiamento do Centro-Oeste (FCO).
Conclusão
Os dados divulgados pelo IBGE evidenciam as diferenças de rendimento entre as regiões do Brasil e a importância de entender essas disparidades para promover políticas públicas mais eficazes e reduzir as desigualdades regionais. A análise dos coeficientes de desequilíbrio regional é essencial para direcionar recursos e investimentos de forma mais equitativa e inclusiva em todo o país.