O Fórum Brasileiro de Finanças Climáticas teve início nesta segunda-feira em São Paulo e reúne especialistas do setor. A diretora-geral do Instituto Arapyaú, Renata Piazzon, ressaltou a importância de uma abordagem integrada ao tratar de finanças climáticas, envolvendo diversos aspectos como clima, natureza, saúde, educação, entre outros.
Um dos pontos destacados no evento foi a predominância dos combustíveis fósseis sobre as fontes de energia renováveis. Um estudo divulgado pelo Instituto de Estudos Socioeconômicos revelou que, no período de 2018 a 2022, a cada R$ 1 investido em energias renováveis, foram gastos R$ 5,60 em combustíveis fósseis. Isso levanta questões sobre a necessidade de promover investimentos na economia de baixo carbono para que negócios prosperem e ao mesmo tempo preservem o meio ambiente.
Além disso, foi discutida a responsabilidade do Estado em relação ao financiamento de energia suja, como o carvão, gás e petróleo, que pode comprometer metas internacionais e gerar altos custos sociais. O relatório “Fanning the Flames” também apontou que os países do G20 poderiam recuperar investimentos e gerar receitas adicionais ao impor taxas às emissões de CO2.
Para Iago Hairon, da Open Society Foundations, é fundamental ampliar o debate sobre a tributação verde e o papel do Estado na transição energética e ambiental. Ele destaca a importância de gerar empregos e reduzir desigualdades por meio de uma transição justa e sustentável. Hairon ressalta que é necessário repensar modelos econômicos e promover uma repactuação internacional para enfrentar os desafios atuais.
O Fórum Brasileiro de Finanças Climáticas busca trazer à tona discussões cruciais para impulsionar a transição para uma economia mais sustentável e resiliente. É fundamental repensar nossos modelos de desenvolvimento e investir em fontes de energia limpa e sustentável para garantir um futuro mais próspero e equitativo para todos.
