Estudante do Ifes de Vitória, Luiza Zane, de 18 anos, não pensa em fazer o Enem. Em vez disto, vai para o convento em dezembro
Em um momento em que o ensino superior é um dos principais objetivos para um futuro de realizações profissionais, existem jovens que abrem mão de tudo em prol da vocação religiosa.
Um exemplo disso é Luiza Zane, de 18 anos, estudante do ensino médio e técnico de Estradas, do Instituto Federal do Espírito Santo (Ifes), em Vitória.
Moradora de Barcelona, na Serra, Luiza é considerada aluna exemplar e só tira notas altas em Matemática. Sonhava em cursar Engenharia Civil, casar e ter filhos. Entretanto, “um chamado”, segundo ela, a fez mudar o rumo do seu futuro.
Em dezembro, em vez de disputar vaga em uma universidade, Luiza vai se tornar freira no Convento das Irmãs Servidoras do Senhor e da Virgem de Matará, em São Paulo. Ela vai sair da casa dos pais e se colocar à disposição da Igreja Católica.
“Vou me tornar noviça para, em breve, fazer votos de obediência, pobreza e castidade. A vocação para a vida espiritual falou mais forte. Senti o chamado no ano passado e assumi o pedido de Deus”.
Luiza é a única a optar pela vida consagrada na família. Aos 12 anos, começou a servir na sua paróquia e, hoje, é vocacionada – nome dado às pessoas que decidem seguir o caminho consagrado e se preparam para a longa jornada até seus votos.
“Foi difícil para os meus pais, principalmente minha mãe, que tinha planos para mim. Sempre fui muito dedicada aos estudos e influenciada a estudar Matemática, mas agora não vejo a hora de servir. Muitos imaginam que freira é velha, falam que eu sou bonita e não entendem. Eu não penso no que vou perder e, sim, nas almas que vou atender”, relatou Luiza.
Fonte: Tribuna online