Para Gustavo Augusto Freitas de Lima, novo conselheiro do Cade (Conselho Administrativo de Defesa Econômica), a Petrobras adota uma “conduta anticoncorrencial” ao aderir “a cartel da Opep [Organização dos Países Exportadores de Petróleo]”. Ele refere-se a definição do preço dos combustíveis pela estatal.
Lima foi indicado pelo presidente Jair Bolsonaro (PL), que já criticou a Petrobras pelo preço da gasolina em diversas ocasiões. Antes de assumir como conselheiro do Cade, ele atuava como assessor especial do gabinete de Bolsonaro.
“Não é papel do Cade regular preço, mas podemos observar se há alguma conduta anticoncorrencial. E um dos sintomas é o sobrepreço”, disse o conselheiro em entrevista ao jornal O Estado de São Paulo, publicada nesta 4ª feira (20.abr.2022).
Segundo ele, Petrobras adota “conduta anticoncorrencial” ao aderir ao conluio
“Falam que a Petrobras trabalha com valor de mercado, mas isso é definido por um cartel clássico. Um cartel de países fixa artificialmente o preço lá fora, e uma grande companhia aqui diz que vai reproduzir. Como vamos lidar com isso? Quando você adere a uma conduta do cartel, você está cometendo uma conduta anticoncorrencial.”
Lima declarou ser preciso questionar se o setor produz em sua capacidade máxima. “Se tiver conluio para a Petrobras não produzir o que poderia, para maximizar o lucro e inflar o preço, pode caracterizar uma conduta [anticoncorrencial]”, falou.
“Cartel” da Opep precifica petróleo, diz conselheiro do Cade
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