O administrador e ex-candidato a vereador Eduardo Pires Motta, de 29 anos, foi preso acusado de encomendar a morte do amigo, Giovani Bosi Lopes, de 32, para se livrar de uma dívida. A vítima havia emprestado R$ 140 mil para o acusado e estava com dificuldades para receber o valor. O crime aconteceu no bairro Jardim Limoeiro, na Serra.
O titular da Delegacia de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP) da Serra, delegado Rodrigo Sandi Mori, que efetuou a prisão do acusado no dia 1 de agosto deste ano, afirmou que Eduardo foi candidato a vereador nas últimas eleições municipais em Fundão. Ele contratou Jackes Gomes Tostes Júnior, de 22 anos, para cometer o assassinato. O executor está foragido e é procurado pela polícia.
“Giovani mexia com agiotagem e teria emprestado R$ 140 mil para o Eduardo. Para não honrar com o pagamento, já que Giovani o estava pressionando, o Eduardo contratou o Jackes e planejou todo o crime com riqueza de detalhes”, afirmou o delegado Sandi Mori.
O crime aconteceu no dia 31 de julho de 2015. No dia anterior, a vítima entrou em contato com o administrador para marcar uma conversa. Ele ainda perguntou se Eduardo conhecia um local onde a vítima pudesse trocar os pneus de seu carro. Foi nesse momento que o acusado indicou uma loja no bairro onde o crime ocorreu.
“O Eduardo foi com a vítima para despistar, para ter um álibi. Eles estavam juntos na loja e o mandante chegou a cumprimentar a vítima. Mas quando o Giovani foi verificar o preço, ele foi surpreendido a tiros pelo executor. Ele caiu no chão e o Jackes ainda efetuou mais seis disparos para confirmar a morte”, contou o delegado.
Jackes, que tinha usado o CrossFox da mãe para ir ao local, fugiu. A polícia também prendeu a mãe dele, Maria Aparecida Venâncio, de 43 anos, no dia 19 de junho deste ano. “Ela emprestou (o carro) sabendo de toda a situação e do que iria acontecer. Inclusive, ela confessa o crime”, explicou o delegado.
Eduardo chegou a prestar depoimento um dia após o crime, mas negou participação no assassinato. “Falou que não conhecia o executor, mas foi comprovada a ligação entre os dois. Eles mantiveram contato antes e depois do crime”.
Os três acusados vão responder por homicídio qualificado mediante paga ou promessa de recompensa e impossibilidade de defesa da vítima. Contra Jackes, existe um mandado de prisão em aberto.