A parceria entre o Campus Barra de São Francisco do Instituto Federal do Espírito Santo (Ifes) e uma associação local está mudando a realidade de pessoas em situação de vulnerabilidade na região. Com o objetivo de oferecer oportunidades de renda e sustentabilidade, o projeto liderado pelo professor Ângelo Fiorio tem impactado positivamente a comunidade.
Reaproveitamento de Resíduos de Rochas Ornamentais
A região de Barra de São Francisco é conhecida como a Capital Nacional do Granito, mas enfrenta um problema de desperdício de material de até 26% dos cortes das rochas ornamentais. Foi a partir dessa observação que o professor Fiorio desenvolveu pesquisas para reciclar os resíduos dessas rochas, como granito, mármore e quartzos.
Coordenando o Núcleo de Estudos e Pesquisas em Rochas Ornamentais (Nepro) no Campus Barra de São Francisco, Fiorio descobriu maneiras inovadoras de transformar os rejeitos em produtos como cosméticos, cerâmicas, placas e vidros. Uma das aplicações mais surpreendentes é a substituição do gesso na fabricação de placas para construção drywall, processo mais econômico e sustentável.
Impacto Social e Oportunidades de Aprendizado
Em parceria com a Associação Noroeste de Produtores de Pedra (Anpo), o Ifes tem proporcionado conhecimentos essenciais para empreendedorismo, finanças, direito, contabilidade, marketing e recursos humanos por meio da Escola de Artesanato em Rochas Ornamentais. Os alunos têm a oportunidade de aprender a manusear as pedras e criar obras de arte, ao mesmo tempo em que se preparam para empreender no mercado.
Um dos alunos beneficiados é Lucas dos Santos, estudante do curso Técnico de Agricultura, que reconhece a importância do projeto para a região. Além disso, a parceria com a Anpo garante a sustentabilidade econômica e o desenvolvimento do mercado local, ampliando as possibilidades de geração de renda e crescimento da comunidade.
Conclusão
O trabalho desenvolvido pelo Campus Barra de São Francisco do Ifes em parceria com a associação local não só promove a sustentabilidade e o reaproveitamento de resíduos, mas também oferece oportunidades de aprendizado e crescimento para a comunidade. A iniciativa demonstra como a união entre a academia e a sociedade civil pode gerar impactos positivos e transformadores, contribuindo para o desenvolvimento social e econômico da região.
Por fim, é fundamental reconhecer o papel do Instituto Federal do Espírito Santo e da Associação Noroeste de Produtores de Pedra no fortalecimento da economia local e na promoção da inclusão social por meio do conhecimento e da capacitação. O projeto representa um exemplo inspirador de como a educação e a colaboração podem gerar mudanças significativas e duradouras na vida das pessoas.
