Um adolescente de 17 anos, morador do Centro de Vitória, foi identificado como o autor de mensagens enviadas ao secretário de Estado de Segurança Pública e Defesa Social, Alexandre Ramalho, fazendo ameaças a ele e aos moradores do bairro Piedade, na Capital. As investigações foram conduzidas pela Delegacia Especializada de Repressão aos Crimes Cibernéticos (DRCC), que cumpriu mandado de busca e apreensão na residência do adolescente nessa quinta-feira (1º).
“Todos aqueles que tentarem utilizar as redes no sentido de se esconder para atacar alguém, ameaçar alguém ou praticar crimes, será descoberto. Nossa Delegacia de Crimes Cibernéticos está muito atuante e vai trabalhar em todos os casos nesse sentido”, afirmou o delegado-geral da Polícia Civil, José Darcy Arruda.
As mensagens foram enviadas em julho, após uma operação que resultou na prisão de um indivíduo procurado por envolvimento em homicídios e ligado a uma organização criminosa. Imediatamente, a DRCC foi acionada, iniciou as investigações e logo o autor foi identificado.
Durante o cumprimento da busca, na casa do adolescente, foram apreendidos dispositivos eletrônicos utilizados para o cometimento do delito. Ele compareceu à delegacia, acompanhado da mãe, e confirmou ter escrito e enviado as mensagens. A mãe apresentou laudos médicos que comprovam que o rapaz sofre de um certo grau de deficiência intelectual.
“Pela capacidade que ele teve de ameaçar o secretário de Estado Pública e Defesa Social e moradores da Piedade, a gente acredita que não passou de uma brincadeira de mau gosto praticada pelo adolescente. Ele não tem passagem pela polícia, vem de uma família religiosa, é um adolescente que não saía de casa e, quando saía, era acompanhado da mãe”, relatou o titular da DRCC, delegado Brenno Andrade.
O delegado também orientou os pais de crianças e adolescentes que têm acesso às redes sociais. “Esse menino nunca sai sozinho, mas dentro de casa ele não era devidamente acompanhado na Internet, e na Internet, às vezes, pode ter perigos muito maiores que no mundo real, com consequências psicológicas mais gravosas. Então, o acompanhamento tem que ser feito não só no mundo real, mas no virtual, controlando o que seu filho está fazendo diante da tela de um computador”, salientou Andrade.
Mesmo tendo alegado que tudo não passava de uma brincadeira, o adolescente responderá por seus atos, conforme previsto no Estatuto da Criança e do Adolescente, por causar pânico ou tumulto e por falsidade ideológica, porque utilizou um perfil falso na rede social. O caso segue sob investigação, pois a DRCC ainda averigua se o adolescente tem alguma ligação com o tráfico de drogas ou conhece as pessoas que ele citou nas mensagens.
Texto: Camila Ferreira
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Fonte: Polícia Civil ES – Confira + em PC ES.