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Você sabe o que é uma fintech? 

Com o coronavírus, as startups que unem finanças com tecnologia terão que lidar com a crise pela primeira vez

Há alguns anos, o mercado brasileiro agregou uma nova palavra estrangeira ao seu vocabulário: fintechs. São empresas de tecnologia voltada para o mercado brasileiro. Mesmo se nunca escutou esse termo antes, pode apostar que conhece uma fintech brasileira. Atualmente, NuBank, Guiabolso, Creditas e Original são as principais empresas neste perfil e estão sempre aparecendo nas mídias sociais.

Esses são apenas alguns exemplos de fintechs brasileiras. Já estão registradas mais de 400 empresas desse estilo no país. Uma das que estão em crescimento é a Onze, a única denominada Prevtech, que é uma fintech voltada para previdência.

Desde 2016, essas empresas vinham em ascensão e ganhando a confiança do público brasileiro, principalmente o mais jovem. O fato de oferecer uma maneira mais simples de administrar suas finanças, sem precisar numa agência bancária física, atraiu um amplo público a colocar dinheiro nessas startups.

Mas 2020 foi um ano de grandes mudanças para as fintechs. O coronavírus afetou o mundo inteiro, forçando as pessoas ficarem dentro de casa. De acordo com os especialistas, esse é o primeiro grande teste dessas empresas. Isso porque a maioria delas são consideradas pequenas e médias empresas. Como foi dito anteriormente, são mais de 400 e nem todas já possuem a estrutura da NuBank.

A tendência neste momento é o aumento da taxa de inadimplência e a escassez nos recursos, já que há bem menos dinheiro circulando no mercado. Uma situação nunca antes vista nessas proporções, já que todas elas nasceram depois da crise financeira de 2008.

Isso fez com que as fintechs pedissem ajuda ao Banco Central para aumentar o dinheiro em caixa para fazer mais empréstimo aos clientes. Uma outra forma de ajuda veio do Conselho Monetário Nacional (CMN), autorizando que fintechs de crédito passassem a emitir cartões de crédito digitais para facilitar o acesso dos clientes ao crédito das startups.

A atual situação fez com as fintechs e o Banco Central se aproximassem para inicio ao correspondente digital. Segundo o Valor Econômico, um dos principais veículos de comunicação da área de finanças, a ideia é  criar uma plataforma de serviços financeiros e ajuda de crédito em momentos de dificuldade, como a atual situação.

Mesmo a atual situação forçando as fintechs terem que pedir ajuda ao Banco Central, algo que nunca tinha acontecido desde o surgimento dessas empresas no Brasil, também está sendo uma oportunidade de captar ainda mais clientes, principalmente aqueles mais tradicionais.

Por conta do coronavírus, a população precisou passar a maior parte do tempo em casa, sem poder sair. Os comércios fecharam e diversas agências tiveram o número reduzido de funcionários. Muitas pessoas que sempre iam aos bancos para pagar contas, acompanhar os investimentos e pedir um empréstimo, foram impedidas de fazer isso.

Com as fintechs, é possível fazer todas essas coisas sem sair de casa, usando apenas um aplicativo. Para esse momento de crise, por exemplo, não há mais a necessidade de ir num banco carregando uma pastinha com documentos e uma enorme papelada para pedir um simples empréstimo. Essas empresas oferecem esse serviço sem precisar encarar toda essa burocracia.

Uma forma de atrair novos clientes foi investindo nas lives dos artistas brasileiros. Essa foi uma maneira de mostrar as facilidades que as fintechs podem oferecer. Uma das que melhor fez isso foi a PicPay. Com recursos de pagamento via QR Code e colocando cantores como Marília Mendonça e Gusttavo Lima para falar da empresa, ajudou demais a valorizar o nome da marca.

Sem sombra de dúvidas, o coronavírus impôs um enorme desafio para as fintechs brasileiras. Estão tendo que lidar com a crise pela primeira vez e algumas delas terão bastante dificuldade de gerenciar esse momento. Porém, aquelas que conseguirem passar por essa fase, vão sair muito mais fortes e mais valorizadas no mercado nacional.

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