Segundo funcionários do Hospital Municipal Salgado Filho, não havia maca para atende-lo. Em outras unidades de saúde, superlotação, falta de materiais e leitos fechados prejudicam o atendimento.
Um vídeo gravado por um funcionário do Hospital Municipal Salgado Filho, no Méier, Zona Norte do Rio, mostra um paciente sendo reanimado no chão da unidade. De acordo com os funcionários, não havia maca para atende-lo.
A superlotação é uma das causas para o atendimento precário nos hospitais do Rio de Janeiro. Uma planilha exibida pelo Bom Dia Rio mostra a quantidade de leitos fechados por causa da falta de estrutura e de funcionários.
- Hospital Municipal Souza Aguiar – 53 leitos fechados
- Hospital Albert Schweitzer – 43 leitos fechados
Uma outra planilha mostra a situação das emergências em algumas unidades de saúde que funcionam muito além da capacidade. A Unidade de Pronto Atendimento (UPA) da Ilha do Governador, que é administrada pelo Estado, está com 373,3% a mais de sua capacidade.
No Hospital Souza Aguiar, no Centro do Rio, é quase o dobro: 190%. Já o Hospital Rocha Faria, em Campo Grande, na Zona Oeste, está com 146,3% a mais que sua capacidade.
Salários atrasados e falta de materiais
No Hospital Municipal Albert Schweitzer, em Realengo, na Zona Oeste, além do problema de superlotação, os funcionários também estão com os salários atrasados e dizem que faltam materiais básicos, como luvas e esparadrapos.
O salário de junho, que deveria ter entrado na conta dos funcionários no último dia 5, ainda não foi depositado.
“Nosso pagamento era sempre no qunto dia útil e, até agora, nadinha. A posição que o Crivella nos sá é que não há verba a ser repassada para nós, profissionais. Só sabemos que temos que cumprir com nosso dever, tendo que ir trabalhar, fazer nossa parte. Estamos trabalhando em condições precárias, faltam insumos. A pediatria está com atendimento reduzido, a emergência também já está com atendimento reduzido”, disse um funcionário.
Pelo menos outras três unidades públlicas de saúde também estão com problema de salários atrasados: Hospital Pedro II, em Santa Cruz, na Zona Oeste; Hospital Materinade Amélia Buarque de Hollanda, no Centro; e Hospital Ronaldo Gazolla, em Acari, na Zona Norte.