O governo da Ucrânia esperava mais “apoio” do Brasil e gostaria que o governo Luiz Inácio Lula da Silva (PT) levantasse a voz contra a explosão da barragem de Kakhovka, disse, nesta terça-feira (6), a embaixada do país em Brasília. A detonação da barragem da usina hidrelétrica é considerada por Kiev um ato de terrorismo provocado pela Rússia.
O encarregado de negócios ucraniano, Anatoliy Tkach, atualmente chefe da missão diplomática no país, disse ter informado o Itamaraty sobre o incidente na represa e a situação de emergência, mas afirmou que não recebeu nenhuma resposta.
– Evidentemente gostaríamos de contar com a condenação do governo brasileiro contra atos de terrorismo em massa. A embaixada informou ao governo sobre a explosão na usina de Kakhovka. Até o momento não temos um comunicado do governo brasileiro. Gostaríamos de ter um maior apoio nas situações críticas, em particular como nessa da usina – assinalou.
Até a noite desta terça, a diplomacia brasileira não havia publicado nenhuma nota sobre o caso, o que contrasta com reações de conflitos em outras partes do mundo, como na África e no Oriente Médio. O presidente Luiz Inácio Lula da Silva também não falou sobre o assunto.
“Gostaríamos de contar com o governo brasileiro contra atos de terrorismo em massa”, disse embaixada
Segundo Tkach, os russos tinham como objetivo atrapalhar a contraofensiva militar ucraniana, na tentativa de recuperar terreno na região e fazer as forças russas recuarem. Segundo ele, os danos causados pelos russos pretendiam ainda provocar mortes, seja de civis ou militares. O diplomata afirmou que Kiev ainda não contabilizou as vítimas.
Para Ucrânia, explosão da barragem é o maior desastre causado pelo homem na Europa nas últimas décadas Foto: EFE/EPA/MAXAR TECHNOLOGIES
Ucrânia critica silêncio do Brasil sobre explosão em barragem
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