No terceiro dia de reabertura do comércio nas cidades de alto risco para o novo coronavírus, o Espírito Santo apresentou um ligeiro crescimento na taxa de isolamento social. Nesta quarta-feira (13), o índice ficou em 47,3% – um aumento de 0,5% em relação ao mesmo dia da semana passada, quando estabelecimentos ainda estavam fechados.
No entanto, a porcentagem dos capixabas que têm ficado em casa ainda é abaixo do desejado pelo Governo Estadual, que é de 55%. A última vez que o Estado atingiu esse patamar foi em 3 de maio. Ou seja, um domingo, quando a movimentação das pessoas pelas ruas já é tradicionalmente menor.
Se comparado aos dados de exatamente uma semana atrás, o isolamento social desde a implementação do “plano de convivência com a pandemia” sempre apresentou uma melhora – que chegou a ser comemorada pelo governador Renato Casagrande. Mas, desde segunda-feira (11), o índice segue diminuindo dia após dia no Estado.
ÁGUIA BRANCA E BOM JESUS DO NORTE: OS EXTREMOS DO ISOLAMENTO
Entre os municípios capixabas, a situação segue mais crítica em Bom Jesus do Norte, que fica na Região Sul e não passou dos 40,1%. Bem próxima desse índice aparece Colatina, no Noroeste do Estado, com 40,5%. Por dois dias seguidos, ela chegou a ocupar o último lugar da lista.
Exatamente no extremo oposto está Águia Branca: única cidade do Espírito Santo que, nesta quarta-feira (13), atingiu os 70% de isolamento social – taxa que é a considerada ideal por diversas entidades nacionais e internacionais de saúde para conter o avanço do novo coronavírus.
MENOR ISOLAMENTO PODE MOTIVAR MEDIDAS MAIS DURAS NO ES
A partir deste sábado (16), o Governo do Espírito Santo seguirá um conjunto de quatro fatores para determinar o relaxamento ou o endurecimento de medidas: a incidência do novo coronavírus, o número de pessoas que morreram em decorrência da Covid-19, a quantidade de moradores com mais de 60 anos e a taxa de isolamento social.
“Esses indicadores vão permitir a classificação de cada município. Nos de risco baixo, tudo poderá funcionar com menos restrições. Nos de risco alto, o comércio abrirá em dias alternados; e nos de risco extremo tudo que não é considerado essencial será fechado”, explicou Casagrande.
Fonte: agazeta.com.br