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Shoppings capixabas entregam plano de reabertura nesta segunda-feira

Shoppings capixabas entregam plano de reabertura nesta segunda-feira

Representantes da Associação Brasileira de Shopping Centers (Abrasce) no Espírito Santo entregarão ao Governo do Estado, na tarde desta segunda-feira (18), uma proposta de protocolo a ser seguido para que os centros comerciais possam ser reabertos na Grande Vitória. Os shoppings estão fechados na região desde o dia 19 de março, após a publicação de um decreto do governo estadual proibindo a abertura desses locais, como forma de prevenção ao novo coronavírus.

De acordo com o coordenador estadual da Abrasce e diretor-geral do Shopping Vitória, Raphael Brotto, na época da determinação sobre o fechamento dos shoppings, a associação já havia entregue ao Executivo estadual um documento, sugerindo a adoção de um protocolo que reduziria o risco de contágio nesses ambientes. Dessa vez, segundo Brotto, o documento é ainda mais restritivo, com ainda mais itens de cuidados a serem seguidos.

“Aquele primeiro documento agora ganhou uma releitura. Estamos seguindo parâmetros internacionais, baseados na experiência de outros países, como Alemanha e Itália, que tiveram seus shoppings reabertos. Dessa forma, esperamos garantir a saúde de todos os que trabalham e frequentam os shoppings daqui do estado”, destacou.

Entre as medidas preventivas propostas pelos shoppings estão o funcionamento em horário reduzido, suspensão de eventos, uso obrigatório de máscaras para funcionários, lojistas, consumidores e frequentadores, o aumento da frequência de desinfecção das áreas públicas e o fechamento de áreas para dimensionar o fluxo de pessoas. As praças de alimentação também terão menos assentos e ambos serão posicionados respeitando uma distância segura entre um e outro.

O protocolo conta com o apoio técnico de um dos mais respeitados infectologistas do Brasil, o médico Edimilson Migowski, doutor em doenças infecciosas pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) e professor da Faculdade de Medicina da mesma universidade desde 1993.

Migowski explica que ficou responsável por dar maior objetividade ao protocolo, incluindo itens essenciais à segurança dos trabalhadores e frequentadores dos shoppings e excluindo outros considerados desnecessários.

“Meu papel foi balizar essas condutas, usando os conhecimentos científicos como base para aprimorar a segurança dos shoppings na contenção e prevenção de doenças infecciosas, entre elas a covid-19. Orientei sobre a distribuição dos pontos onde devem ficar o álcool em gel, a higienização dos dutos de ar condicionado, a distribuição das cadeiras nas praças de alimentação, entre outras medidas”, explicou.

Segundo o infectologista, as medidas podem ser implementadas mais facilmente em shoppings do que no comércio de rua, cuja liberação gradual já teve início na semana passada. “Os shoppings têm mais facilidade de controlar o acesso das pessoas, manter um distanciamento entre elas. Na hora de fazer a manutenção do ar condicionado, por exemplo, em um único lugar você consegue ter uma noção do todo. Então é mais fácil fazer nesses lugares do que em lojas que não se comunicam”, argumentou.

Para o coordenador da Abrasce no Espírito Santo, a expectativa é que, caso o governo aceite liberar o funcionamento dos shoppings, adotando os procedimentos sugeridos, os centros comerciais possam ser abertos a partir da outra semana. “Esta semana acredito que servirá para o debate da questão. Vamos entregar o documento amanhã e esperar um novo decreto do governo. O que posso garantir é que todos os shoppings já estão com seus protocolos instalados e prontos para reabrir assim que o governo autorizar”, afirmou.

“O retorno do público aos shoppings será gradual. Todos os 86 shoppings do Brasil que já reabriram conseguiram atingir, no máximo, 50% do seu público. E aqui não será diferente”, acrescentou.

Atualmente, a única forma de comercialização autorizada nos shoppings é por meio de drive thru, ou seja, o cliente entra em contato com o lojista por telefone ou WhatsApp, para combinar a forma de pagamento, e retirar o produto no estacionamento dos centros comerciais.

FONTE:folhavitoria.com.br

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