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Seringalistas buscam subsídio para automação na cultura – ALES

Duas cooperativas do segmento de borracha natural, que detêm 80% da produção, solicitaram apoio dos deputados para lidar com a escassez de mão de obra especializada. A solução proposta foi a obtenção de um subsídio governamental para adquirir uma nova tecnologia que tornaria o processo de extração do látex mais eficiente. No entanto, o alto custo dessa tecnologia tem sido um obstáculo para os seringalistas.

A sangria da seringueira tradicionalmente é realizada de forma manual, com incisões feitas na casca da árvore com uma faca. Esta prática requer um alto nível de habilidade e perícia, e um período de treinamento que pode chegar a seis meses. Além disso, a falta de precisão na técnica pode levar a perdas de produtividade e reduzir a vida útil da cultura de 50 para 10 anos.

Países do sudeste asiático, líderes globais no mercado de borracha, têm adotado uma nova tecnologia que utiliza facas elétricas para realizar a sangria. Esta inovação permite regular a profundidade das incisões de forma precisa e padronizada, aumentando a produtividade em até 40% devido à maior eficiência na extração do látex.

O valor unitário destas facas elétricas, no entanto, tem sido um desafio para os seringalistas, especialmente em plantações de grande porte que requerem um número maior de seringueiros. A Coopebores e a Heveacoop, as duas cooperativas que lideram a produção de borracha natural, expressaram a necessidade de apoio para implementar esta nova tecnologia e superar as dificuldades de formação de mão de obra qualificada.

A heveicultura no Espírito Santo apresenta um grande potencial de expansão, com áreas atualmente paradas devido à falta de mão de obra. Com um clima favorável e ausência de pragas que afetam outras regiões, o estado ocupa a 5ª posição na produção de borracha natural, contribuindo significativamente para o setor.

Além do impacto econômico, a cultura da seringueira traz benefícios ambientais, como o sequestro de CO2 e a preservação da cobertura vegetal. A possibilidade de cultivar seringueiras em associação com outras culturas, como o cacau, em sistemas agroflorestais, também é destacada como uma prática sustentável.

A indústria pneumática, o agronegócio e a fabricação de automóveis são alguns dos setores que dependem do látex da seringueira. No entanto, o Brasil, responsável por apenas 2% da produção mundial de borracha natural, consome 4%, indicando um potencial de crescimento significativo no mercado interno.

Diante desse cenário, as cooperativas buscam apoio para automatizar a cultura da seringueira e aumentar a produtividade, garantindo a sustentabilidade do setor e o crescimento da atividade no estado.

Fonte: Assembleia Legislativa do ES.
Para mais informações sobre a Assembleia Legislativa do ES acesse o site da ALES

Seringalistas querem subsídio para automação de cultura

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