Representantes da Secretaria de Estado da Educação (Sedu) participaram da reunião da Comissão de Educação desta segunda-feira (6) para explicar como é feito o processo de escolha de diretores escolares. Segundo o subsecretário de Estado de Planejamento e Avaliação, Marcelo Martins, a metodologia passou por mudanças que tiveram início em 2019.
Dessa maneira, explicou, a seleção não ficou pautada apenas em entrevistas, como anteriormente e, desde 2021, passou a ter três etapas, adotando critérios como titulação, tempo de serviço e análise de competência. O modelo cobra ainda do interessado a apresentação de um plano de gestão para a unidade à qual pleiteia a vaga.
Um dos desafios da mudança, lembrou o subsecretário da Sedu, foi unificar os processos seletivos. E uma das alterações consistiu na criação de um mecanismo avaliativo para substituir gestores que não estavam desempenhando bem a tarefa. Portanto, a cada 15 dias uma comissão da pasta faz visitas aos colégios para obter os retornos relativos ao plano de gestão.
Fotos da reunião da Comissão de Educação
De acordo com Marcelo Martins, a ideia é que o diretor responsável pela unidade tenha retornos constantes da Sedu nas áreas administrativa e pedagógica. Ele destacou que a substituição do profissional é a última medida a ser adotada, “quando não há mais possibilidade de ajustes”. Dessa forma, abre-se uma vaga de diretor.
Assessora de Gestão Escolar, Mayara Cândido frisou que todo o passo-a-passo ainda vem passando por aprimoramento com foco na avaliação das competências essenciais para escolher uma liderança escolar. Um dos pontos ressaltados foi a transparência do processo, regrado por meio de edital. Dos seis classificados inicialmente, metade chega à última fase e um é escolhido. Os participantes devem ser servidores efetivos.
Isso não quer dizer, no entanto, que os não selecionados fiquem impedidos de concorrer a futuras vagas a serem abertas. Segundo a assessora, a escolha dos diretores tem relação com o perfil da unidade. “As escolas trazem realidades totalmente distintas”, detalha.
Falta de autonomia
Embora reconheça o fim das indicações políticas como um avanço, Sergio Majeski (PSDB) criticou a falta de autonomia dos diretores. Mesmo sem apresentar uma saída, o deputado salientou que eles representam os interesses da Sedu, deixando as cobranças da comunidade escolar em segundo plano sob pena de irem para o “olho da rua”.
Presidente do Conselho Municipal de Educação de Vitória (Comev), Leonardo Lares endossou as pontuações do parlamentar. Ele considerou que o modelo de escolha de diretores para unidades administradas pela prefeitura da capital é exitoso, na medida em que reúne votos da comunidade escolar.
Os representantes da Sedu Marcelo Martins e Mayara Cândido defenderam que há diversas formas de promover essa democratização e citaram o fortalecimento dos conselhos de escola, conselho de líderes e conselho de classe, bem como o método descentralizado da gestão. Nesse primeiro momento ressaltaram que há uma preocupação no suporte e formação dos diretores.
A reunião foi presidida pelo deputado Bruno Lamas (PSB) e também contou com a presença do Coronel Alexandre Quintino (PDT).
Representantes da Secretaria de Educação apresentaram mudanças no processo de escolha dos gestores de escolas
Sedu explica processo de escolha de diretor escolar
Fonte: Assembleia Legislativa do ES.
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Sedu explica processo de escolha de diretor escolar