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Sambista de Cachoeiro de Itapemirim compôs mais de 200 canções

Sambista de Cachoeiro de Itapemirim compôs mais de 200 canções
Sambista de Cachoeiro de Itapemirim compôs mais de 200 canções

Aos 87 anos, ele canta, dá aulas de violão, cavaquinho, viola, ritmos e até teclados. Cachoeirense de coração, Arnoldo Silva vive o samba desde 1945, quando teve sua primeira música gravada no Rio de Janeiro.

Desde então, sua vida é dedica à música. São mais de 200 composições, entre hinos oficiais e homenagens, samba-enredos e até marchinhas em sua trajetória.

Arnoldo Silva, ou “Menininho” como é popularmente conhecido, nasceu em Castelo, e ainda bem jovem deixou o Sul do Estado em busca da realização profissional. Aos 10 anos, Arnoldo conta que foi morar no Rio de Janeiro e, um ano depois, já trabalhava como ritmista da Escola de Samba Capela.

Quem vivenciou esta época, certamente já ouviu alguns dos sucessos do cantor: “Bom rapaz”, “Entre outros”, “Minhas lágrimas”, “Mande nem que seja um telegrama”, “Jeito manhoso” e “Sorriso amigo” estão entre as composições de Arnoldo Silva.

O sucesso foi além do Brasil. A música o levou a conhecer o mundo. Por dois anos, Arnoldo foi integrante no Grupo A Brasiliana e viajou com os sambistas do grupo Rio Samba Show. Viajou por 29 países, entre a Europa e América Central. “Foram dois anos e não era mole. Cantava, tocava e até dançava gafieira nos shows”, relembra Arnoldo.

Ainda no Rio de Janeiro, foi um dos fundadores da Ordem dos Músicos do Estado e membro do Sindicato dos Compositores. Arnoldo também foi produtor de programa na TV Tupi, com Wilton Franco (famoso ator e produtor criador de “Os trapalhões”) e também de programas na TV Excelsior (extinta rede de televisão aberta sediada nas cidades de São Paulo e Rio de Janeiro).

Apesar da paixão pela música, nem sempre foi possível viver apenas de seu talento. Segundo o cantor, por 30 anos, conciliou a carreira com o expediente em uma repartição pública. Atuou na secretaria de Estado de Minas e Energia do Rio.

Tantos feitos, lhe renderam o título de cachoeirense ausente, no ano de 1987. A homenagem foi criada pelo jornalista, advogado e poeta Newton Braga – irmão do cronista Rubem Braga –, em 1939, como forma de celebrar os conterrâneos que, mesmo morando em outros locais, mantinham forte ligação com a terra natal.

O cantor retornou para Cachoeiro na década de 90. E o trabalho, não parou. Em casa, no bairro Santa Helena, o repertório é ensaiado para a volta das apresentações, uma vez que agora, está isolado me casa, atendendo às recomendações dos órgãos de saúde por conta do novo coronavírus. “Ainda faço shows em Marataízes, no Rio de Janeiro quando me chamam, além de compor músicas”, conta orgulhoso o cantor.

Professor
Recentemente, o artista realizou mais um sonho – o de ensinar. Ele atende a alunos de 8 a 80 anos em um espaço montado em casa. Todo o aprendizado é repassado de forma gratuita. Atualmente, revela o cantor, 24 pessoas frequentam a escola de música. As aulas são dadas às terças, quintas e sábados.

“Montei também neste espaço meu acervo com fotos, troféus de festivais e homenagens ao longo da carreira”, revela. Os prêmios são inúmeros e estão também no acervo. São 54 troféus ao todo, entre festivais de música, sambas-enredo premiados com notas 10, no Rio de Janeiro, São Paulo e Petrópolis, no Rio.

O cantor e compositor também é autor de dezenas de hinos em homenagem a escolas tradicionais de Cachoeiro e municípios vizinhos, como Venda Nova do Imigrante e o distrito de Pedra Azul, em Domingos Martins.

Para Arnoldo, o segredo da jovialidade é desfrutar a vida com moderação e nunca deixar os sonhos morrerem.

“Ainda quero fazer um estúdio para ensinar locução de rádio para crianças. Trabalhei por muitos anos em rádios. Se parar, enferruja. O segredo é esse: é a vontade de servir ao próximo, amar seu semelhante”

Fonte: agazeta.com.br

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