Um atirador abriu fogo em uma zona de alistamento militar na Rússia nesta segunda-feira (26), e feriu um oficial em meio a uma onda de discordâncias à mobilização de reservistas anunciada pelo presidente Vladimir Putin na semana passada. Identificado como Ruslan Zinin e com cerca de 20 anos, o jovem possui idade militar e, segundo disse a mãe a uma agência de notícias local, estava “contrariado” com a ideia de ser convocado à guerra na Ucrânia.
O ataque aconteceu na cidade de Ust-Ilimsk, região de Irkust, na Sibéria. Logo após o ataque, Zanin foi preso, de acordo com o governador regional de Irkutsk, Igor Kozbev.
– O atirador foi imediatamente preso, e ele definitivamente será punido – escreveu.
O militar está hospitalizado em estado grave, acrescentou o governador. Segundo o jornal americano The New York Times, o ataque é o mais recente de uma série de ataques contra zonas de alistamento realizados desde o início da guerra na Ucrânia, mas o primeiro a deixar um ferido grave. O levantamento da agência independente de notícias russa Mediazona indica que pelo menos 54 zonas deste tipo foram atacadas desde fevereiro, início da guerra; 17 destes aconteceram na última semana, após a convocação.
Um oficial foi ferido e encontra-se em estado grave
À imprensa local, a mãe do atirador afirmou que ele estava “aparentemente perturbado” porque um amigo próximo foi convocado para o serviço militar, apesar de não ter experiência militar anterior – condição que, segundo o ministro da Defesa da Rússia, Serguei Shoigu, seria necessária para a convocação.
Homens se apresentam em um escritório de alistamento na Rússia Foto: EFE/EPA/ARKADY BUDNITSKY
Russo ataca zona de alistamento a tiros por medo de ir à guerra
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