O bitcoin é um dos investimentos mais lucrativos na atualidade, apesar de suas enormes flutuações de preço, chegou a passar até mesmo o ouro. De fato, os valores surpreendem. Quando surgiu, em 2009, o bitcoin custava apenas alguns centavos, uma quantia infinitamente menor do que o pico de US$ 43.725,51 (R$ 235,8 mil) que atingiu em fevereiro deste ano. Em meio a valores tão altos nos ocorre uma pergunta: quem é a pessoa que mais tem bitcoins?
Muitas pessoas ficaram enormemente ricas ao longo dos anos comprando bitcoins no momento certo. E, embora seja uma moeda que pode ser comprada anonimamente, algumas pessoas são conhecidas por acumular bitcoins no valor de milhões de dólares. Aqui estão as cinco maiores fortunas BTC conhecidas:
Quem é a pessoa que mais tem bitcoins?
1. Satoshi Nakamoto
Satoshi Nakamoto é o codinome da figura mais misteriosa relacionada ao bitcoin: seu criador. Sua identidade não é conhecida, mas sabe-se que publicou o “white paper bitcoin” (documento que explica como funciona), em 2008.
No alvorecer do bitcoin, a mineração da moeda era realizada por muito menos pessoas do que hoje e, porque nenhuma redução havia ocorrido (um evento que ocorre a cada quatro anos e divide pela metade a quantidade de BTC obtida por bloco extraído), a mineração de bitcoin era muito mais lucrativa.
Embora a fortuna de Nakamoto seja desconhecida, estima-se, observando as carteiras de bitcoins que datam do início da criptomoeda, que Satoshi Nakamoto poderia conter 1.125.150 bitcoins, o que hoje equivaleria a mais de 10 bilhões de dólares.
2. Joseph Lubin
Lubin foi um dos maiores contribuintes para a criação do Ethereum, a segunda criptomoeda de maior sucesso depois do bitcoin. Hoje, Lubin é o CEO da Consensys, uma empresa dedicada ao desenvolvimento do software blockchain, a tecnologia que torna possível as criptomoedas. Sua fortuna em criptomoedas, principalmente bitcoins, é estimada entre US$1 bilhão e US$ 5 bilhões.
3. Changpeng Zhao
Este guru da criptomoeda chinês-canadense é o CEO da maior bolsa de criptomoedas do mundo: Binance, e antes trabalhou no desenvolvimento do Blockchain.com. Sua posição no mercado de compra e venda de criptomoedas permitiu a Zhao acumular uma fortuna em criptomoedas equivalente a mais de 2 bilhões de dólares.
4. Chris Larsen
Larsen é o ex-CEO da Ripple, uma criptomoeda que rompe com o conceito de descentralização de outras moedas semelhantes. Ao deixar o cargo, levou consigo uma grande quantidade de Ripple, no valor de 5,19 bilhões de XRP que hoje equivaleria a 1,4 bilhão de dólares.
5. Winklevoss Twins
Os irmãos Cameron e Tyler Winklevoss estão entre as pessoas que mais tem Bitcoins.
Os gêmeos Winklevoss – famosos por levar Mark Zuckerberg à justiça, acusando-o de ter copiado a ideia do Facebook – têm negociado no mundo das criptomoedas desde 2013, ano em que diziam ter 1% de todos os bitcoins existentes. Embora sua fortuna exata não seja conhecida, a Forbes estima que os irmãos Cameron e Tyler Winklevoss possuam, cada um, mais de US$ 1,4 bilhão em ativos digitais
Até o FBI está nesta lista de quem mais tem bitcoins
É isso mesmo, o Federal Bureau of Investigation (Departamento Federal de Investigação, em português) mais conhecido por suas siglas FBI é detentor de alguns milhões de dólares em bitcoins.
Não sabemos exatamente os valores em bitcoins que estão em posse do FBI, mas sabemos que essas quantias são resultados de apreensões de criptomoedas que estavam em posse de pessoas envolvidas em atividades ilícitas.
Os valores apreendidos logo são leiloados, e bilionários como Tim Draper já compraram alguns desses bitcoins.
Por outro lado, continuamente são emitidos alertas sobre malwares que roubam as criptomoedas.
Quem é a pessoa que mais tem bitcoins no Brasil?
Buscamos ainda quem é a pessoa que mais tem bitcoins no Brasil; no entanto, não tivemos acesso à informação sobre as maiores quantidades de dinheiro investido na moeda digital.
Contudo, em 2018 o número de pessoas que investiam em bitcoins no Brasil já era superior ao número de pessoas físicas cadastradas na bolsa de valores do país (B3). Mais de 1,4 milhão de pessoas estavam cadastradas em alguma casa de câmbio de bitcoin do país.
Projetos de lei para regulamentar as criptomoedas no Brasil
No Brasil, embora não estejam proibidas, ainda falta uma legislação sobre as criptomoedas. Alguns projetos de lei visam regulamentar o negócio digital no país. O deputado federal Aureo Ribeiro (Solidariedade-RJ) é o autor dos projetos de lei (PL) 2303/2015 e 2060/2019; segundo Aureo há expectativas de que os projetos sejam discutidos e aprovados ainda este ano.
A proposta que deve ser analisada é o PL 2060/2019, já que o projeto anterior se encontra defasado, segundo o próprio parlamentar. Aureo ainda disse que o texto traz temas como o aumento de penas para crimes envolvendo as chamadas pirâmides financeiras e outros golpes com as criptomoedas.
A interessante história do bitcoin
A origem das criptomoedas pode ser encontrada há pouco mais de uma década. Quando a crise financeira nos Estados Unidos estava no auge, em 2008, pessoas de todo o mundo sofreram os efeitos dela. Os problemas das moedas nacionais estavam se tornando mais evidentes do que nunca. Entre eles, a desvalorização do dólar.
Na época, alguns dos mais conceituados especialistas em economia apontaram para a necessidade de uma solução em um único banco centralizado. Então, para tentar desbloquear a situação dos mercados financeiros, governos de todo o mundo tomaram a decisão de implementar a “flexibilização quantitativa”. Ou seja, imprimir mais dinheiro para dar mais liquidez às economias, tendo assim respaldo para evitar outra “Grande Depressão”, a grande crise econômica de 1929.
A grande lição da crise financeira global
Os cortes nas taxas de juros e o baixo valor da moeda causaram problemas aos bancos, e os governos não tiveram escolha a não ser resgatá-los com o dinheiro dos contribuintes. Como resultado, houve uma desvalorização ainda mais forte da oferta monetária existente. E a lição permanece: os bancos centrais têm a capacidade de manipular a economia, valorizando ou desvalorizando as moedas.
Foi em meio a esse contexto que a inspiração veio para uma pessoa conhecida como Satoshi Nakamoto – um nome já conhecido -, mas cuja identidade real ainda é desconhecida até hoje. Nem mesmo se sabe se é realmente uma pessoa ou um grupo de pessoas. O fato é que sob esse pseudônimo está aquele, aquela ou aqueles a quem devemos a possibilidade de conhecer as criptomoedas hoje.
O importante é que quem está por trás desse nome decidiu que era necessário intervir no mundo financeiro com uma força nova, com algum elemento capaz de mudar a nossa forma de pensar o dinheiro.
Assim, em 2008 Nakamoto publicou pela primeira vez um artigo baseado na tecnologia Bitcoin, no qual detalhou o sistema “ponto a ponto” por meio do qual as transações de criptomoeda são executadas. Meses depois, forneceria o software necessário para realizar essas operações.
Descentralização: uma característica chave do bitcoin
Como se pode ver, o bitcoin surge em resposta à necessidade de ter uma moeda 100% descentralizada à disposição de todos. A moeda não depende de nenhum banco central, e sua negociação não está na mão de elites que tomam decisões sobre as pessoas que usam essa moeda; também não há cadeias de transferência.
Essa descentralização faz com que todas as pessoas tenham um papel na economia do bitcoin e sejam capazes de conduzi-la, sem um banco central controlando seu valor ou a quantidade disponível na economia. E é que em torno do bitcoin não há intermediário que diga como usá-lo, já que a criptomoeda é propriedade exclusiva de todos aqueles que tomaram a decisão de usá-la. E alguns desses usuários, como você pôde ver, são parte da resposta à pergunta: quem é a pessoa que mais tem bitcoins?