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EspeciaisInformativosProdução industrial mostra variação nula (0,0%) em junho

Produção industrial mostra variação nula (0,0%) em junho

Em junho de 2021, a produção industrial mostrou variação nula (0,0%) frente a maio, na série com ajuste sazonal, após avançar 1,4% em maio último, quando interrompeu três meses consecutivos de queda, período em que acumulou perda de 4,7%. Frente a junho de 2020, a indústria avançou 12,0% em junho de 2021, décima taxa positiva consecutiva nesse tipo de comparação. A indústria acumula alta de 22,6% no segundo trimestre de 2021 e de 12,9% no primeiro semestre. O acumulado em doze meses, ao avançar 6,6% em junho de 2021, intensificou o crescimento observado em abril último (4,9%) e permaneceu com a trajetória predominantemente ascendente iniciada em agosto de 2020 (-5,7%).

Junho 2021/ Maio 2021 0,0%
Junho 2021/ Junho 2020 12,0%
Média móvel trimestral 0,0%
Acumulado no ano 12,9%
Acumulado em 12 meses 6,6%

Na variação nula (0,0%) da indústria, em junho de 2021, três das quatro das grandes categorias econômicas e a maior parte (14) dos 26 ramos pesquisados mostraram queda na produção.

Produção Industrial por Grandes Categorias Econômicas – Brasil – Junho de 2021
Grandes Categorias Econômicas Variação (%)
Junho 2021/
Maio 2021*
Junho 2021/ Junho 2020 Acumulado Janeiro-Junho Acumulado em 12 meses
Bens de Capital 1,4 54,8 45,6 20,4
Bens Intermediários -0,6 10,8 10,9 7,2
Bens de Consumo -0,9 6,0 10,7 3,2
Duráveis -0,6 31,0 36,4 11,4
Semiduráveis e não Duráveis -1,3 1,6 5,5 1,2
Indústria Geral 0,0 12,0 12,9 6,6
Fonte: IBGE, Diretoria de Pesquisas, Coordenação de Indústria
*Série com ajuste sazonal

Produção de veículos automotores recua 3,8%

Entre as atividades, as influências negativas mais importantes vieram de veículos automotores, reboques e carrocerias (-3,8%), que voltou a recuar após crescer nos meses de abril (1,6%) e maio (0,3%); celulose, papel e produtos de papel (-5,3%), com o terceiro mês seguido de queda e acumulando nesse período perda de 8,4%; e produtos alimentícios (-1,3%), eliminando parte do avanço de 2,9% registrado em maio.

Outras contribuições negativas importantes foram: produtos de metal (-2,9%), indústrias extrativas (-0,7%), produtos diversos (-5,8%), máquinas, aparelhos e materiais elétricos (-2,5%), móveis (-5,2%) e outros produtos químicos (-0,8%).

Por outro lado, entre as onze atividades que apontaram crescimento na produção, coque, produtos derivados do petróleo e biocombustíveis (4,1%) exerceu o principal impacto positivo nesse mês, intensificando a expansão de 2,7% observada em maio último. Vale citar também os avanços nos ramos de máquinas e equipamentos (2,9%), de outros equipamentos de transporte (11,0%), de couro, artigos para viagem e calçados (6,0%) e de impressão e reprodução de gravações (12,3%).

Entre as grandes categorias econômicas, bens de consumo semi e não duráveis (-1,3%) assinalou a taxa negativa mais acentuada em junho de 2021, eliminando parte do avanço de 3,6% registrado em maio, quando interrompeu três meses seguidos de queda, período em que acumulou redução de 11,5%. Outros resultados negativos vieram dos segmentos de bens de consumo duráveis (-0,6%), a sétima queda seguida e acumulando nesse período perda de 16,7%; e de bens intermediários (-0,6%), recuando 2,3% em três meses consecutivos de queda.

Por outro lado, o setor produtor de bens de capital (1,4%) apontou a única taxa positiva em junho de 2021, a terceira expansão seguida nessa comparação e avançando 5,9% nesse período.

Média móvel tem variação nula (0,0%) em junho de 2021

Ainda na série com ajuste sazonal, a média móvel trimestral da indústria mostrou variação nula (0,0%) no trimestre encerrado em junho de 2021 frente ao nível do mês anterior, após registrar taxas negativas em março (-1,0%), abril (-1,6%) e maio (-0,9%) últimos.

Entre as grandes categorias econômicas, os recuos do mês vieram de bens de consumo duráveis (-1,5%), permanecendo com a trajetória descendente iniciada em janeiro de 2021; e bens intermediários (-0,8%) no quarto mês seguido de queda e acumulando nesse período redução de 1,8%.

Por outro lado, os setores produtores de bens de capital (1,9%) e de bens de consumo semi e não duráveis (0,4%) apontaram os resultados positivos em junho de 2021, com ambos interrompendo três meses consecutivos de queda na produção, período em que acumularam perdas de 4,9% e 9,5%, respectivamente.

Indústria avança 12,0% frente a junho de 2020

Frente a junho de 2020, a indústria cresceu 12,0%, com altas nas quatro grandes categorias econômicas, 19 dos 26 ramos, 60 dos 79 grupos e 65,6% dos 805 produtos pesquisados. Junho de 2021 (21 dias) teve o mesmo número de dias úteis do que igual mês do ano anterior (21).

Entre as atividades, as principais influências no total da indústria foram registradas por: veículos automotores, reboques e carrocerias (81,5%), metalurgia (47,7%) e máquinas e equipamentos (52,5%).

Outros impactos positivos importantes foram assinalados pelos ramos de produtos de minerais não-metálicos (25,5%), de outros produtos químicos (13,1%), de confecção de artigos do vestuário e acessórios (54,0%), de indústrias extrativas (4,1%), de couro, artigos para viagem e calçados (53,8%), de produtos de borracha e de material plástico (13,0%), de produtos de metal (11,7%), de produtos diversos (44,1%), de produtos têxteis (28,8%), de outros equipamentos de transporte (37,2%), de coque, produtos derivados do petróleo e biocombustíveis (2,1%) e de equipamentos de informática, produtos eletrônicos e ópticos (13,3%).

Por outro lado, ainda na comparação com junho de 2020, entre as sete atividades que apontaram redução na produção, produtos alimentícios (-7,3%) exerceu a maior influência negativa na formação da média da indústria, pressionada, em grande medida, pela menor fabricação dos itens açúcar cristal e VHP.

Entre as grandes categorias econômicas, bens de capital (54,8%) e bens de consumo duráveis (31,0%) assinalaram, em junho de 2021, as maiores altas entre as grandes categorias econômicas. Os setores produtores de bens intermediários (10,8%) e de bens de consumo semi e não duráveis (1,6%) também mostraram taxas positivas nesse mês, mas ambos com avanços abaixo da média da indústria (12,0%). Vale destacar que esses resultados positivos elevados evidenciam a baixa base de comparação, por conta dos efeitos do isolamento social na pandemia da COVID-19, quando esses segmentos assinalaram recuos: -22,8%, -34,8%, -5,6% e -5,0%, respectivamente.

O setor de bens de capital (54,8%) apresentou a décima taxa positiva consecutiva nesse tipo de comparação, com expansão na maior parte dos grupamentos, com destaque para bens de capital para equipamentos de transporte (90,3%). As demais taxas positivas foram registradas pelos grupamentos de bens de capital para fins industriais (36,2%), para construção (158,4%), de uso misto (35,1%) e agrícolas (29,9%). Por outro lado, o único impacto negativo foi assinalado pelo subsetor de bens de capital para energia elétrica (-8,4%).

Bens de consumo duráveis (31,0%) teve o quarto resultado positivo seguido nesse tipo de comparação, impulsionado pela maior fabricação de automóveis (62,9%). Vale destacar também os resultados positivos assinalados por eletrodomésticos da “linha branca” (7,2%), motocicletas (37,0%) e outros eletrodomésticos (34,0%). Por outro lado, os impactos negativos vieram de eletrodomésticos da “linha marrom” (-6,1%), influenciado, em grande medida, pela menor produção de televisores; e do grupamento de móveis (-7,8%).

O segmento de bens intermediários (10,8%) teve a décima segunda taxa positiva consecutiva nessa comparação, influenciado, principalmente, pelos avanços nos produtos associados às atividades de metalurgia (47,7%), de veículos automotores, reboques e carrocerias (68,6%), de produtos de minerais não-metálicos (25,3%), de máquinas e equipamentos (51,7%), de outros produtos químicos (13,1%), de produtos de metal (15,9%), de indústrias extrativas (4,1%), de produtos de borracha e de material plástico (13,8%), de produtos têxteis (30,3%), de celulose, papel e produtos de papel (2,0%) e de coque, produtos derivados do petróleo e biocombustíveis (0,1%). A única pressão negativa foi registrada por produtos alimentícios (-12,6%). Vale citar também os grupamentos de insumos típicos para construção civil (17,3%), com a décima segunda taxa positiva consecutiva na comparação; e embalagens (-0,4%), que interrompeu nove meses de crescimento na produção.

Bens de consumo semi e não duráveis (1,6%) apresentou a quarta taxa positiva consecutiva nesse tipo de comparação, mas a menos intensa dessa sequência: março (6,0%), abril (17,4%) e maio (13,2%) de 2021. O desempenho positivo foi influenciado pelo grupamento de semiduráveis (33,1%). Vale citar também o resultado positivo assinalado pelo grupamento de carburantes (6,9%), influenciado pela maior produção de gasolina automotiva. Por outro lado, os subsetores de alimentos e bebidas elaborados para consumo doméstico (-3,4%) e de não duráveis (-5,5%) apontaram as taxas negativas nessa categoria.

Indústria avança 22,6% no segundo trimestre

No segundo trimestre de 2021, a indústria avançou 22,6%, a expansão mais intensa desde o início da série histórica nesse tipo de comparação. Com isso, permanece com o comportamento positivo desde o último trimestre de 2020 (3,4%), todas as comparações contra igual período do ano anterior. O aumento na intensidade da produção industrial na passagem do primeiro (4,3%) para o segundo trimestre de 2021 (22,6%) foi explicado pelo ganho de ritmo verificado nas quatro grandes categorias econômicas, com destaque para bens de consumo duráveis (de -0,3% para 126,8%) e bens de capital (de 20,8% para 80,1%). Os setores produtores de bens intermediários (de 4,5% para 17,6%) e de bens de consumo semi e não duráveis (de 1,1% para 10,1%) também assinalaram ganho de dinamismo entre os dois períodos.

Todas as quatro categorias econômicas acumulam altas em 2021

No acumulado do ano (janeiro-junho), frente a igual período do ano anterior, a indústria cresceu 12,9%, com resultados positivos em todas as quatro grandes categorias econômicas, 21 dos 26 ramos, 66 dos 79 grupos e 73,2% dos 805 produtos pesquisados.

Entre as atividades, veículos automotores, reboques e carrocerias (56,9%), máquinas e equipamentos (41,5%), metalurgia (26,3%) e produtos de minerais não-metálicos (31,3%) exerceram as maiores influências positivas na formação da média da indústria. Vale destacar também as contribuições dos ramos de produtos de borracha e de material plástico (21,2%), de produtos de metal (23,7%), de outros produtos químicos (12,6%), de confecção de artigos do vestuário e acessórios (39,2%), de máquinas, aparelhos e materiais elétricos (24,3%), de produtos têxteis (35,1%), de bebidas (11,4%), de couro, artigos para viagem e calçados (28,6%), de equipamentos de informática, produtos eletrônicos e ópticos (15,5%), de produtos diversos (32,8%), de produtos de madeira (23,7%) e de indústrias extrativas (2,2%). Por outro lado, entre as cinco atividades que apontaram redução na produção, a principal influência no total da indústria foi registrada por produtos alimentícios (-5,7%).

Entre as grandes categorias econômicas, as maiores altas vieram de bens de capital (45,6%) e bens de consumo duráveis (36,4%). Os segmentos de bens intermediários (10,9%) e de bens de consumo semi e não duráveis (5,5%) também assinalaram crescimento nos seis primeiros meses do ano, mas ambos com avanços abaixo da média da indústria (12,9%).

Portal IBGE

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