Os presos na operação desta quinta-feira (19) no Morro do Papagaio, na Região Centro-Sul de Belo Horizonte, “ostentavam carros, joiais, armas de fogo”, de acordo com a delegada responsável pela ação, Cristiana Angelini. Vinte pessoas foram presas na operação feita pelas polícias Civil e Militar contra o tráfico de drogas no aglomerado.
A operação, batizada como “Elba”, é resultado de uma investigação de seis meses feita pelo Serviço de Inteligência da Polícia Civil, que monitorou a gangue “Comando Beco do Galope” nas redes sociais. A corporação informou que nome da operação faz referência a um rio onde as cinzas de líderes nazistas teriam sido jogadas e ao domínio frustrado do território.
“Conseguimos monitorar que eles ostentavam uma vida incompatível financeiramente com a que eles possuíam. Eles ostentavam carros, joias, armas de fogo no sentido de atrair outras pessoas, inclusive menores, adolescentes para o tráfico de drogas”, afirmou a delegada Cristiana Angelini.
A ação visava cumprir 24 mandados de prisão contra os integrantes do grupo. Outros 30 de busca e apreensão foram cumpridos, segundo a Polícia Civil.
Dentre os presos, estão dois chefes da quadrilha, identificados pela polícia como Fábio Henrique Marciano, 26 anos, e Gabriel Hugo Marciano, 22 anos. Eles são irmãos. Também foi detido Júlio Martins, 23 anos, apontado como o principal distribuidor de drogas para esta e outras gangues.
“A gangue conhecida como Gangue Beco do Galope. Ela iniciou através de dois irmãos. Os dois irmãos começaram com o comércio ilegal de substâncias entorpecentes e foram expandindo os seus territórios para outros becos e contando com o apoio de outras pessoas da comunidade”, explicou Cristiana.
Segundo a investigação, Fabrício Santos Pereira, 18 anos, gerenciava a venda de drogas e era responsável por buscar armas. Quando foi localizado, estava com uma tornozeleira eletrônica. Outro integrante é Herison Maurício, e a participação dele ainda não foi informada.
De acordo com a delegada Cristiana Angelini, o grupo obrigava moradores do aglomerado a guardar drogas dentro de casa, o que justificaria a pouca quantidade de entorpecentes apreendida nesta quinta-feira. Ela informou também que os integrantes da gangue ostentavam uma vida incompatível com a realidade deles.