A Defesa Civil vistoriou 27 prédios ocupados na cidade de São Paulo entre o início de maio e 12 de junho. A meta da Prefeitura é visitar 70 imóveis na capital após o desabamento do edifício Wilton Paes de Almeida, no Largo do Paissandu, no Centro, em maio.
Os números foram obtidos via Lei de Acesso à Informação. A Prefeitura afirma que outros imóveis foram vistoriados, mas não informou quantos.
Após a tragédia no Paissandu, que deixou sete mortos e dois desaparecidos, a Prefeitura anunciou que faria uma avaliação emergencial de 70 prédios ocupados para identificar riscos que poderiam ser corrigidos rapidamente.
Nas ocupações já visitadas, os moradores não comentam sobre as vistorias. Há um acordo entre o município e as lideranças dos movimentos para não divulgar informações sobre o levantamento feito pela Prefeitura, segundo informações do Bom Dia SP.
Dos prédios visitados, um foi em Pinheiros, na Zona Oeste, e os outros 26 na região Central.
De acordo com a Prefeitura, o prédio conhecido como Caveirão, na Rua do Carmo, será interditado na próxima terça-feira (10). Ele foi construído para ser um edifício garagem.
Das 79 famílias que viviam no local, 10 saíram em troca de aluguel social. Os demais moradores afirmam que não foram contemplados pelo acordo.
Uma das moradoras do prédio afirma que não recebeu o benefício e que, por isso, não sairá do local. “A gente levou o comprovante, fez cadastro, liga e ouve que não está favorável e que não vai receber”, afirma Valdete Araújo da Silva.
Atualmente, 28 mil pessoas recebem o auxílio aluguel na cidade de São Paulo. Algumas pessoas que viviam no prédio que desabou em maio também recebem o benefício. A Prefeitura concluiu nesta quarta (4) o cadastro das famílias com direito ao auxílio: 292 conseguiram comprovar o vínculo e vão receber o benefício.
A Secretaria Municipal da Habitação (SMH) disse que as famílias com o benefício que continuarem acampadas no Largo do Paissandu não vão conseguir sacar o auxílio aluguel em agosto. A SMH também afirmou que segue negociando com as famílias do prédio Caveirão para que deixem o local até terça (10).
Fonte: g1.com