O prefeito de Porto Alegre, Sebastião Melo, expressou sua preocupação com as altas taxas de juros cobradas pelas instituições bancárias aos tomadores de empréstimos. Melo ressaltou que os custos elevados do crédito dificultarão a retomada econômica do Rio Grande do Sul, estado que enfrenta atualmente o mais grave desastre socioambiental de sua história.
Diante dessa situação, o prefeito fez um apelo aos banqueiros, questionando se não seria o momento de priorizar a ajuda aos afetados pelas recentes chuvas e enchentes, ao invés de lucrar com juros exorbitantes. Ele destacou que, com as taxas de mercado atuais, empresas e famílias terão dificuldades para obter os empréstimos necessários para reerguerem-se e retomarem suas atividades produtivas.
Para apoiar financeiramente os moradores de Porto Alegre impactados pelos temporais, o prefeito anunciou uma série de medidas municipais. No entanto, Melo ressaltou a necessidade de apoio também por parte do governo federal, sugerindo a criação de um programa semelhante ao Pronamp para os municípios gaúchos, visando facilitar o acesso a crédito mais acessível.
O secretário municipal da Fazenda, Rodrigo Fantinel, explicou que a prefeitura está implementando medidas para ajudar os empreendedores e a população, como o cancelamento temporário da cobrança do IPTU para os moradores de áreas afetadas. No entanto, ele ressaltou a importância da contribuição daqueles que puderem continuar recolhendo os tributos, dado o impacto financeiro da situação.
Segundo dados da Defesa Civil estadual, mais de 2,33 milhões de pessoas em 464 cidades do Rio Grande do Sul foram afetadas pelas chuvas, resultando em 161 mortes confirmadas, além de desaparecidos e desabrigados. O cenário adverso exige um esforço conjunto para reconstruir as áreas atingidas e auxiliar as comunidades a se reerguerem.
Diante desse panorama desafiador, é fundamental que autoridades, instituições financeiras e a população em geral unam esforços para superar os impactos causados pelos desastres naturais e promover a recuperação econômica do estado. A solidariedade e a cooperação serão essenciais para enfrentar os desafios que se apresentam e reconstruir o Rio Grande do Sul.
