A Polícia Civil do Espírito Santo (PCES), por meio da Delegacia de Polícia (DP) de Alfredo Chaves, finalizou as investigações sobre a morte da enfermeira Íris Rocha, de 30 anos. O corpo da vítima foi encontrado em 11 de janeiro, na localidade de Carolina, no município de Alfredo Chaves, com dois disparos na região do tórax e coberto com cal. O suspeito, ex-companheiro de Íris Rocha, de 27 anos, foi detido em 18 de janeiro, na cidade de Viana.
De acordo com as investigações da Delegacia de Polícia de Alfredo Chaves, o suspeito foi visto buscando a enfermeira Íris no local de trabalho dela no dia 10 de janeiro, e a partir desse momento, amigos e familiares perderam o contato com a vítima. Em 11 de janeiro, transeuntes relataram indícios de sangue na estrada próxima à região de Carolina, levando a equipe policial ao local onde o corpo de Íris Rocha foi encontrado, a uma distância de cerca de um metro da estrada.
A perícia revelou que a vítima estava grávida, não havendo possibilidade de salvar o bebê. Íris Rocha foi atingida por quatro tiros, sendo um no braço esquerdo, dois na axila e um na têmpora acima do olho direito.
A titular da Delegacia de Polícia de Alfredo Chaves, delegada Maria da Glória Pessotti, explicou que ao ser encontrado o corpo, apenas um cartão de banco estava presente, porém, com o nome incompleto. Uma parte da equipe se deslocou à Capital Vitória para verificar possíveis parentes da enfermeira. Somente após a identificação da vítima, foi dado início às possíveis causas do homicídio.
A arma do suspeito era registrada no Exército como CAC e foi apreendida em sua residência. Por meio do exame de microcomparação balística, foi confirmado que a arma foi utilizada no crime. Exames adicionais demonstraram que os estojos encontrados no local do crime foram percutidos pela mesma arma apreendida na casa do autor, que utilizou a própria arma de fogo registrada para cometer o crime.
A motivação do crime possivelmente reside no fato de o suspeito ter expressado ao pai a dúvida sobre a paternidade do filho que Íris Rocha esperava. No entanto, os resultados do exame de DNA comprovaram que ele era o pai da criança.
A perícia do veículo ainda está pendente e o celular da vítima permanece não localizado. Destaca-se que não foram encontrados indícios na residência de Íris que comprovassem a ocorrência do crime no local, reforçando a evidência de que o fato ocorreu em Alfredo Chaves.
O desfecho desse caso serve como um lembrete da importância da conscientização sobre a gravidade do feminicídio e da necessidade de combater ativamente a violência contra as mulheres, ressaltou a delegada Maria da Glória Pessotti.
O suspeito de 27 anos responderá na Justiça por crimes de homicídio qualificado cometido contra a mulher por razões da condição de sexo feminino (feminicídio), ocultação de cadáver e aborto, uma vez que ele interrompeu a formação do neném sem o consentimento da mãe. O inquérito foi concluído e apresentado com um pedido de prisão preventiva do suspeito, sendo encaminhado para a análise e decisão do Ministério Público do Espírito Santo (MPES).
Este artigo destaca a conclusão das investigações da Polícia Civil sobre a morte da enfermeira Íris Rocha e a prisão do suspeito. As autoridades trabalharam arduamente para solucionar o caso e garantir que a justiça seja feita. É importante conscientizar sobre a gravidade do feminicídio e combater ativamente a violência contra as mulheres. A resolução desse crime serve como um lembrete da importância de se buscar a verdade e garantir a segurança de todos os cidadãos.
Fonte: Polícia Civil ES – Confira + em PC ES.