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Polícia Civil: Acadepol promove palestra sobre transtorno espectro autista e a abordagem policial


Preocupada com a inclusão social e com direito à cidadania, a Polícia Civil do Espírito Santo (PCES), por meio da Academia de Polícia (ACADEPOL), promoveu, nessa terça-feira (20), uma palestra sobre o transtorno espectro autista (TEA) e a abordagem policial. A instrução aconteceu na sede da Academia em Vitória e visa a capacitar os policiais para prestar um atendimento mais humanizado e com maior inclusão às pessoas com TEA.

A palestra aconteceu das 14h às 17h, e foi ministrada pelos policiais civis, Renan Caminha Barreto (médico-legista) e Roberto Alves Siqueira Martins (agente de polícia).

Durante a instrução, foram abordadas as principais características que a pessoa com autismo apresenta e como ela poderá responder durante uma abordagem policial, para evitar comprometer ao nível de segurança da equipe e dela mesma.

Em sua fala, o médico-legista explicou as características e generalidades do TEA. Os níveis do transtorno variam de leve a muito grave. “Um autista muito grave, por vários fatores, pode desencadear uma crise de ansiedade séria. Isso, muitas vezes, leva à agressividade e é natural que as famílias precisem solicitar ajuda policial”, disse Renan Caminha Barreto.

O médico ainda falou que o abordado pode correr por uma questão de excesso de estímulos, passando a impressão que o indivíduo está fugindo da abordagem, quando na verdade tende a correr devido aos estímulos.  Nesses casos, é importante que a comunicação, desde o contato com a família, seja assertiva e clara, com informações sobre a condição neurológica da pessoa.

O Instrutor Roberto Alves Silveira Martins discorreu sobre os aspectos relacionados à abordagem policial às pessoas portadoras de TEA, no tocante aos procedimentos corretos a serem realizados pelos policiais civis. Na abordagem, houve um paralelo entre a abordagem típica, que é ordinária, e comparações de abordagem atípica, que com a pessoa no espectro autista.

O agente exemplificou o nível de abordagem e as possibilidades do comportamento da pessoa com espectro autista, o uso da força, e a resposta de deve ser dada pela Polícia: “É importante diminuir o número de estímulos luminosos e sonoros, isolar e dispensar pessoas curiosas ao redor da abordagem, para não gerar um estresse maior a pessoa”.

Segundo o diretor da Acadepol, delegado Robson Alves Damasceno, a Polícia Civil tem investido constantemente na sistematização e padronização dos procedimentos operacionais, buscando a melhoria contínua dos serviços prestados e a otimização do atendimento ao cidadão.  

“Quem trabalha nas ruas se depara com situações de toda ordem. Por isso, é tão instrutiva e importante a palestra voltada para as possibilidades reais de interação com os autistas”, afirmou o diretor.

 

Texto: Adriana Nascimento Amaral, Policial Civil – Seção de Imprensa e Comunicação Interna (Sicoi).

 

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Fonte: Polícia Civil ES – Confira + em PC ES.

Editor
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Roberta Carvalho editora do Portal Maratimba

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