A Polícia Civil de Duartina (SP) abriu inquérito para investigar possível omissão de socorro no atendimento da menina Yasmin Lemos Campos, de 4 anos, que morreu depois de ser picada por um escorpião no quintal de casa.
De acordo com o delegado Paulo Calil, titular da delegacia da cidade, será investigada a conduta do provedor do Hospital Santa Luzia e do médico.
Yasmin foi socorrida pela mãe após ser picada em Cabrália Paulista. A menina foi levada ao posto de saúde e, depois, seguiu ao hospital de Duartina em uma ambulância.
Entretanto, como no hospital não havia soro para combater o veneno, Yasmin foi transferida a uma Unidade de Pronto Atendimento de Bauru, onde morreu. Conforme a UPA, a menina havia conseguido uma vaga no hospital estadual, mas não foi levada porque o estado de saúde era considerado grave.
Para a mãe da menina, houve demora no atendimento. “Eu estava em Duartina e, ao invés da ambulância de lá levar a gente, ligaram para uma ambulância de Cabrália Paulista. Aí ela teve que sair de Cabrália, para ir a Duartina e só depois me trazer para Bauru”, contou Letícia Lemos, antes da filha morrer.
Atendimento
O prefeito de Cabrália Paulista, Zequinha Madrigal (PTB), informou à TV TEM por telefone que não entende porquê o Hospital Santa Luzia, de Duartina, não acionou o Samu da cidade, já que envia verba para atender os moradores.
Ele alega também que o hospital demorou pra acionar a ambulância municipal de Cabrália Paulista, porque achou que a injeção de controle seria suficiente.
Já a direção do Hospital Santa Luzia, de Duartina, informou que existe um acordo com as prefeituras determinando que o paciente só pode ser transportado pela ambulância da cidade onde mora. E, por isso, a menina precisou esperar a volta do veículo de Cabrália Paulista para só depois ser levada a Bauru.
O prefeito de Duartina, Aderaldo Pereira de Souza Junior (PP), informou que, apesar do acordo, poderia disponibilizar a ambulância do município, mas que a decisão de chamar a de Cabrália Paulista foi do hospital.
Por outro lado, o provedor hospital, Valdir Medeiros Maximino, reafirmou que seguiu o protocolo assinado com as prefeituras, acionando a ambulância de Cabrália Paulista.
A TV TEM também entrou em contato com o Ministério da Saúde e a Secretaria Estadual de Saúde, responsáveis pelo fornecimento e distribuição do soro antiescorpiônico, mas ainda não obteve retorno.
Fonte: g1.com