Jorjão deixa Juninho, seu filho único, a esposa Rosana, as irmãs: Xica, Silveli, Silvana e Jefinho e Linda, sua mamãe. Deixa a cidade mais triste, a educação de luto e os alunos gratos por tanta dedicação e amor ao seu ofício de professor!
O professor de Educação Física, Jorge Antônio Feres de Souza Júnior, 56 anos, faleceu às 23h15 deste domingo, 19, no Hospital Santa Mônica, em Vila Velha, após sofrer uma parada cardiorrespiratória. Jorjão, ou “Coisa de Linda”, assim intimamente chamado na cidade de Piúma passou mais de um mês internado na Unidade de Tratamento Intensivo – UTI. A cidade orou e rezou por ele. Porémele se foi.
Informações da família dão conta de Jorjão primeiramente começou a reclamar de dor no ombro e chegou a achar que era bursite, mas era herpes zoster que acabou levando-o ao Hospital Nossa Senhora da Conceição em Piúma. Ao chegar na Unidade Hospitalar, Jorjão estava com a glicose em 700 e com febre, já era uma pneumonia. Foi necessário ser transferido para fazer o tratamento em Vila Velha. Dias depois foi descoberto uma úlcera no estomago que acabou provocando uma hemorragia. O quadro de saúde de Jorge foi piorando e ele precisou ser intubado, no final da noite desde domingo ele não resistiu, teve uma parada cardiorrespiratória e faleceu.
Apaixonado pela vida e pela profissão, Jorjão era da torcida do Vasco Tubarão do Litoral que foi em peso se despedir do vascaíno que mesmo quando o time perdia brincava e dançava.
Foram décadas e décadas dedicadas com exclusividade a Educação de Piúma. Era efetivo na Escola de Ensino Municipal de Ensino Fundamental Céu Azul, onde hoje um aluno pequenino pediu a mãe que o levasse ao velório, e lá estava com um ramo de flores nas mãos. Atuou no Projeto Juntos com futsal e outras modalidades e no ano passado trabalhou com natação no Centro de Referência da Assistência Social. Era vascaíno de coração.
O velório ocorreu na Escola Lacerda de Aguiar e o sepultamento foi realizado às 16h, no Cemitério do Centro sob aplausos.
Homem bom, honesto, íntegro e amigo
Jorge Filho comunicou a família o falecimento do pai e escreveu uma mensagem emocionante. “Meu pai foi forte e bravo até o fim ao longo deste um mês de internação, fazendo sua passagem sem dor e sem sofrimento.
Estamos todos arrasados com essa dolorosa perda, mas queremos que todos celebrem o bom pai, marido, filho, irmão, companheiro, colega e professor que ele tem sido até hoje. Com toda certeza sua energia contagiante alcançou muitos corações com suas peripécias, brincadeiras, a festa que fazia só por estar presente e com seu vozeirão que bradava “UUUUIII” e tomava conta de qualquer ambiente.
Eu, como filho, tenho orgulho de ter sido gerado, criado e educado por um homem bom, íntegro, honesto, amigo, que já presenciei tirar a camisa do próprio corpo para dar de presente a alguém.
Nossos agradecimentos a todos que estiveram conosco nessa batalha até aqui. Obrigado por todo o suporte, pelos joelhos dobrados, pelas palavras de conforto, oração e doação de um pouquinho de si em prol do meu papaizinho. Onde quer que esteja, ele se faz presente em nós pelas experiências que compartilhamos em vida. Até logo, meu velho! Cuidaremos de tudo por aqui. Obrigado por cada milésimo de segundo em nossas vidas. Te amo”. (Jorge Antônio Feres Filho).
Projeto Juntos
Jorjão sabia muito de esporte, sabia tudo e mais um pouco e no Projeto Juntos ele era ‘pau para toda obra’, como comparou o coordenador Jailson Marvila. Era lindo ver como ensinava as crianças o passo a passo do futebol de salão. A bola parecia se divertir no pé dele.
“Professor Jorge sempre se notabilizou pela competência, carisma e alegria. Na educação um exemplo de professor; estrategista e muito criativo na prática docente. Sempre contribuiu com ideias e sugestões para resoluções dos desafios. Incansável em prol de uma boa educação e principalmente do esporte de qualidade. Sentimos muito pela perda deste estimado amigo professor. Jorjão estará sempre nos nossos corações e nas nossas memórias. Receba nossos sentimentos neste momento tão triste. Amigo querido vai em paz!!!”, frisou Jailson.
Escola do Céu Azul
“É com muita tristeza que hoje perdemos o nosso professor Tio Jorge. Agora ficam lindas lembranças na memória de todos que tiveram o prazer de estudar com ele. Jamais vamos esquecer de suas brincadeiras, da sua alegria e profissionalismo. Hoje a equipe e alunos desta escola está de luto por você Jorjão que jamais será esquecido, pois ficará no nosso coração pra sempre”.
Escola José de Varga Scherrer
“Nossos mais sinceros sentimentos a nossa querida professora Xica Feres e todos seus familiares pela perda do nosso eterno professor Jorge. Nossa eterna
Gratidão pela sua dedicação e amor pela educação. Deixará muitas saudades”.
De Portugal
De Portugal o amigo Tadeu Santamarinha está muito triste com a morte de Jorge e fez uma postagem repleta de lembranças nas redes sociais. “Praticamente “juntos” fizemos o magistério, assistindo aulas em turmas diferentes e muitas vezes trocando os trabalhos. De uma alegria e desenvoltura diferenciada, abraçava a todos como se dele se tratasse. Jogava tudo e brincava com tudo. Formou-se em Educação Física e nasceu Animador Sociocultural. As crianças o amavam e os adultos o admiravam por tudo isso e principalmente, pela forma que a volta ia para cima e a poeira era levantada. Sorriso fácil e botequeiro nato, qualquer cerveja em qualquer lugar com ele, era festa garantida. Não perdemos só um educador “do povo” perdemos um “amigo fácil.” Para quem lembra Ele era primo de “Isaías” filho do Sr. Miguel Miranda! Outro exemplo de disposição! Eu conheci e convivi com os dois, até com “Elvinho” outra figuraça de trato leve. Enfim, ganhamos muito com esse Vascaíno sorridente que comigo soltou bombas no Filomena de deixar Dona Maria Eliza de cabelos em pé! Porémaprendemos com ele, muitas coisas simples, como o abraço e o sorriso transformam o ambiente. Até Já”!, Escreveu Tadeu.
O jornal Espírito Santo Notícias lamenta muito a morte do professor e estende o seu abraço a toda a sua família e amigos.
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Fonte: Espírito Santo Notícias – Notícias de Piúma a Cidade das Conchas
