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PIÚMA: Família descobre, na hora que abre o caixão que, o morto estava vivo, e o defunto era outro

Uma confusão, mataram o catador Claudemir Moreira e espalharam nas ruas da cidade que era o pescador Maciel. Na hora do velório descobriram que Maciel está no mar pescando.

Maciel está pescando – foto: Facebook

Uma história triste que parece cenas de filme de suspense. A história é do pescador Maciel que foi confundido com o catador de materiais recicláveis, Claudemir, em Piúma. Um foi noticiado como morto, o outro estava desaparecido, mas na verdade havia sido assassinado.

O pescador Maciel Fernandes dos Santos, de 41 anos, residente no Buraco Quente, em Piúma, saiu para pescar e, parte de sua família não sabia. Nesta segunda-feira, 09, às 16 horas, um homem semelhante a ele, negro, alto e magro, foi assassinado, a tiros, em um porão, na Avenida Abel Cetim, divisa entre o local conhecido como Quente, e os bairros Céu Azul e Niterói, em Piúma. O local é ponto de uso de drogas, segundo os moradores do entorno, que pediram para não serem identificados.

Os boatos começaram a correr nos grupos de WhatsApp de que se tratava de Maciel, o pescador. E logo a família chegou, aflita, à cena do crime. Um dos sobrinhos chegou a afirmar que o tio era dependente químico e que uma hora ou outra isso poderia ocorrer.

A Polícia Militar – PM já estava no local na tarde de segunda-feira, 09 e tinha preservado a área do crime. Um Policial Civil – PM também já havia estado na cena, quando a Reportagem chegou em busca de informações para produzir a notícia.

A PM conduziu o irmão de Maciel, o segurança Leomar à cena do crime para reconhecer o corpo, porém, o morto estava de bruços e com a cabeça ensanguentada. A vítima foi atingida com tiros de pistola 40, os quais perfuraram os pulmões. (Quando há perfurações em orgãos é comum que o sangue saia por algum orificio, neste caso, a boca e nariz).

Onde o crime ocorreu na tarde de segunda-feira – Foto: Luciaana Maximo

Como os populares afirmaram que, o homem de bruços, morto, era Maciel, o irmão do pescador, sem ver o rosto no corpo estirado no chão, não hesitou em afirmar que era o próprio Maciel. Logo chegou a mãe, dona Leopoldina Fernandes, a neta amparada pelo pai, o neto e vizinhos. Todos diziam que era Maciel.

A Perícia da Polícia Civil – PC foi acionada e chegou o rabecão. Os peritos periciaram o corpo, o local e removeram ao Serviço Médico Legal – SML de Cachoeiro de Itapemirim para a realização da necropsia.

Nesta terça-feira, 10, um dos irmãos do pescador foi ao SML fazer a liberação do corpo e lá, segundo ele não viu detalhes, achou que era o corpo por trazer características semelhantes.

Enquanto o corpo era liberado, a família fazia uma campanha no Facebook para conseguir dinheiro afim de custear o tratamento do cadáver para que desse tempo de velar a noite toda desta terça, e os familiares pudessem prestar a última homenagem. Fora um pedido da mãe de Maciel.

Ao chegar o carro da funerária, com corpo, na Igreja Assembleia de Deus, no bairro Niterói, e abrir o caixão, os familiares logo viram que não era o pescador Maciel. Ainda acreditaram que se tratava de um corpo de um presidiário de Cachoeiro de Itapemirim, que teria morrido na segunda-feira após ter sido baleado na unidade prisional, cujas características eram semelhantes. (O detento, segundo informações tomava banho de sol quando teria tentado uma fuga, acabou baleado, foi socorrido a Santa Casa de Misericórdia, masfaaleceu).

A funerária imediatamente retirou o corpo da igreja e o conduziu ao laboratório onde um sobrinho foi averiguar alguns detalhes como: uma cicatriz e marcas no corpo. No laboratório, o sobrinho, mesmo em dúvida, confirmou que se tratava de Maciel. O corpo voltou à igreja, onde estavam os familiares, e a mãe de 75 anos.

A reportagem do Espírito Santo Notícias foi acionada à Igreja Assembleia de Deus. Chegando ao templo, a jornalista não encontrou o corpo, o caixão estava na funerária sendo verificado pelo sobrinho.

O desaparecimento de Claudemir e o pedido à jornalista

Claudemir foi assassinado e não Maciel – Foto: arquivo

Ocorre que na noite de segunda-feira, 09, a enteada de Claudemir Moreira, 36 anos, havia ligado para Luciana Maximo perguntando se ela teria ido ao local do crime e se havia visto quem era o homem morto. A jornalista, de acordo com a PM e os familiares presentes no local, informou que era Maciel.

Durante toda a terça-feira, 10, a família de Claudemir procurava por ele. Quando a jornalista chegou à funerária, o proprietário veio falar-lhe, explicando sobre como se dá o reconhecimento de um corpo. Em início, geralmente, faz reconhecimento por fotos. O corpo estava de cueca e vestia uma camisa amarela, tinha uma tatuagem com o nome Andreia.

A jornalista sabia que a mulher de Claudemir se chama Andreia Duarte e imediatamente entrou contato com a enteada dele para confirmar se ele tinha esta tatuagem. Fato confirmado. Em seguida perguntou à funerária se o corpo vestia uma camisa amarela com o nome jogador. O perito informou à Funerária que sim, e também o corpo trazia uma tatuagem com o desenho de uma teia de aranha no ombro, a mesma que Claudemir tem. Tudo checado, a jornalista volta à igreja onde o corpo de Claudemir estava ladeado da família de Maciel e informou a verdade dos fatos. Foi um desespero. Abraços, agradecimentos e orações.

A revelação a família de Claudemir – gritos

A jornalista ligou para a enetada de Claudemir, (Joyce Danila Duarte) que imediatamente se deslocou foi à igreja, e constatou que era ele mesmo, o padrasto, vestido com as roupas de Maciel, levadas pela família à funerária. No mesmo instante também Luciana acionou à Polícia Militar para informar a confusão e registrar o novo BO.

A Funerária entrou em contato com a Polícia Civil – PC que ficou responsável em recolher o corpo de Claudemir ao SML de Cachoeiro de Itapemirim para realização de exame de DNA e posterior registro de óbito, e assim, liberar o corpo para a família fazer o sepultamento.

A família de Maciel está aliviada em saber que ele está pescando, mas terá de se explicar com a PC sobre o reconhecimento e liberação no SML. A família de Claudemir chora com a crueldade cometida contra ele. A mulher dele disse que ele estava trabalhando e havia descido o morro do bairro Lago Azul, onde residem, em busca de um pedreiro. Ela acredita que ele tenha sido assassinado por engano.

Dona Leopoldina, mãe do pescador, disse que queria se despedir do filho pela última vez e, por isso, fizeram uma “vaquinha” para conseguirem fazer o tratamento no corpo e dar tempo de sepultar, nesta quarta-feira, 12. O irmão que não convivia com Maciel afirmou que, agora vai cuidar dele e tratá-lo como filho. Final feliz para a família de Maciel e um enredo triste para a família de Claudemir Moreira que, deverá ir a Cachoeiro para dar andamento aos trâmites e fazer o sepultamento dele o mais rápido possível.

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Fonte: Espírito Santo Notícias – Notícias de Piúma a Cidade das Conchas

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