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Pesquisa aponta que 85% dos pais do Sul do ES não querem a volta às aulas nas próximas semanas

Com a pandemia do novo coronavírus muitos pais e mães estão apreensivos quanto à volta às aulas. Segundo uma pesquisa feita pelo AQUINOTICIAS.COM, entre os dias 11 e 13 de agosto, quase 90% dos responsáveis que deram suas opiniões não se sentem seguros para o retorno das aulas presenciais. Foram 241 participações e, para mais de 85% dos pais e responsáveis, as aulas presenciais só deveriam retornar em 2021. Além disso, a maior parte (84,6%) informou que não vai permitir a ida dos filhos às escolas, mesmo com o retorno das aulas.

 

No Espírito Santo, as aulas presenciais foram suspensas em 17 de março e as escolas permanecem fechadas até, pelo menos, 31 de agosto. No último sábado (8), o Governo do Estado estabeleceu os protocolos que deverão ser adotados pelas escolas para o retorno das aulas. Entre as regras, o uso de máscara, distanciamento de 1,5 metros entre as pessoas e suspensão de uso compartilhado de brinquedos e atividades coletivas.

O documento aponta que as aulas presenciais só poderão retornar após a elaboração e implementação de um Plano Estratégico de Prevenção e Controle da transmissão do novo coronavírus (Covid-19). Como as instituições de ensino ainda precisam se adequar às normas, ainda não há uma data certa para esse retorno.
Mãe de Lorenzo, Stefânia Miranda Altoé é enfática ao dizer que as aulas só deveriam retornar assim que uma vacina comprovada seja liberada para toda a população. Ela salienta ainda que não gostaria de ver seu filho na sala de aula antes disso. “Meu filho pertence ao grupo de risco, ele é asmático. Penso eu que as escolas não estão preparadas para lidar com esse vírus, ainda não sabemos a real dimensão dele. Crianças gostam de ter contato. Como as escolas iriam planejar essa volta?”, questiona.

Ela salienta ainda que apoia o retorno das crianças à mesma série no próximo ano. “As aulas on-line não estão funcionando. Crianças não querem fazer atividades, não querem estudar e os pais nem sempre têm tempo para ensinar os filhos de forma adequada. Aqui em casa fizemos horários, estabelecemos o conteúdo. Mas não é somente fazer as tarefas e assistir aulas on-line. Tem que saber a matéria. Disponibilizamos mais ainda o nosso tempo para funcionar. Mas não são em todas as casas que isso ocorre. Então seria melhor anular o ensino deste ano para que s crianças tenham conteúdo”, avalia.

A volta as aulas, para nós, é algo que traz muita insegurança em todos sentidos, diz a mãe de Francisco, Sandra Küster. “Ainda não existe uma confirmação real de que agora estamos em segurança ou, a certeza de que não há perigo. Daqui alguns meses estaremos no final do ano. Do que adiantará segurar uma criança por meses dentro de casa para, na reta final, liberar a ida à escola e correr o risco de colaborar para acontecer o que tentamos evitar por meses?”, questiona.

Ela salienta ainda que tem mais dúvidas do que certezas quanto ao retorno. “A lógica diz: ‘na dúvida, não ultrapasse’, não é assim? A essa altura não vai fazer diferença ir ou não à escola. Eu prefiro que ele perca o ano escolar do que a saúde, ou mais triste ainda, que ele transmita Covid para outra pessoa. Nós temos duas idosas no prédio onde moramos das quais cuidamos com muito carinho nesses meses todos e o Francisco, só saiu da quarentena dias atrás, para irmos ao médico e essa semana pela primeira vez, foi com o pai à rua”, conta.

2020 vale como ano letivo?

A pesquisa mostrou que os responsáveis também estão divididos quanto ao ano de 2020 ser considerado letivo. Pouco mais da metade dos pais (50,4%) relatou que o ano de 2020 deve ser considerado “ano estudado”, ou seja, no ano que vem as crianças e adolescentes deveriam ir para a série seguinte. Os demais, 49,6%, disseram que as crianças e adolescentes deveriam retornar, em 2021, na mesma série que iriam cursar em 2020.

Entre os participantes, 88,3% moram nas regiões Sul, Serrana ou do Caparaó e a maioria tem um ou dois filhos. A rotina de trabalho de 49,8% deles foi alterada, ou seja, 21,8% está trabalhando em casa e 28%, em escala reduzida. Os demais 50,2% disseram que não estão trabalhando (28%) ou que estão trabalhando como antes da pandemia (22,2%) e não tiveram alteração no dia a dia. Entre as soluções encontradas por pais e mães, ficar em casa com as crianças foi a mais votada (41,4%), seguido de deixar os pequenos com avós ou parentes enquanto trabalham (28,5%).

FONTE: Aquinoticias.com

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