Recentes notas oficiais divulgadas pelo Ministério da Defesa e pelas Forças Armadas sobre o resultado das eleições repercutiram no mundo político. À medida que manifestantes favoráveis ao presidente Jair Bolsonaro (PL) vão às ruas se manifestar, parlamentares fazem apelos para que as instituições adotem discurso mais claro.
Em relatório enviado ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE), a Defesa não citou a palavra “fraude”. Mas, em seguida, a pasta divulgou nota afirmando não ter comprovado, mas nem descartado a hipótese de inconfiabilidade do sistema de votação.
Em vídeo publicado nesta sexta-feira (11), o deputado federal Marco Feliciano (PL) pediu que o Ministério da Defesa “não fique em cima do muro” e “não brinque com os sentimentos” dos manifestantes pró-Bolsonaro, que nutrem esperanças sobre uma eventual confirmação de fraude.
– Por misericórdia, sejam mais explícitos em suas notas. (Peço) que o ministro da Defesa venha a público e diga com todas as letras o que encontraram nessas benditas urnas eletrônicas. Por favor, não prolonguem mais essa agonia, não brinquem com os sentimentos do povo brasileiro, que é ordeiro e patriota e está nas ruas protestando – afirmou o deputado.
Marco Feliciano e Janaina Paschoal se manifestaram
Feliciano disse, ainda, que a investigação sugerida pela pasta ao TSE deve ter um prazo para começar, e que deve ser estabelecido se isso ocorrerá antes ou depois da posse do presidente eleito, Luiz Inácio Lula da Silva (PT). Contudo, o presidente da Corte, ministro Alexandre de Moraes, afirmou nesta semana que esse assunto “já está encerrado faz tempo”, ao ser questionado sobre a investigação.
Ministro da Defesa, Paulo Sérgio Nogueira Foto: MD/Igor Soares
Parlamentares criticam falta de clareza da Defesa e das FFAA
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