Uma doença silenciosa que é a principal causa de cegueira irreversível no mundo. Nesta quarta-feira, dia 26 de maio, é o Dia Nacional de Combate ao Glaucoma.
E durante a pandemia causada pelo novo coronavírus os diagnósticos ficaram ainda mais comprometidos.
De acordo com a médica oftalmologista Karla Campana, especialista em tratamento da doença no Espírito Santo, estima-se que no Brasil mais de 1,3 milhão de pessoas tenham glaucoma.
Mas o número pode ser ainda maior se levar em consideração que muitas pessoas deixaram de procurar o consultório oftalmológico por medo da Covid-19.
“De acordo com o Conselho Brasileiro de Oftalmologia, houve uma redução de 30% dos exames para detecção precoce e controle do glaucoma, por medo dos pacientes de sairem de casa. São casos que se agravam, mas que poderiam ser controlados se tivessem sido diagnosticados há mais tempo”, explicou.
Karla destaca ainda que, embora não tenha cura, o glaucoma pode ser controlado. “Essa é uma doença que causa cegueira irreversível. Por isso é importante fazer uma avaliação periódica no oftalmologista para evitar perder a visão”, orientou.
Saiba mais:
O glaucoma é uma doença progressiva e degenerativa do nervo optico, cujo a principal característica é o aumento da pressão intraocular. Isso pode acontecer de maneira lenta (no caso do glaucoma crônico simples) ou súbita (no glaucoma agudo). Em 80% dos casos ele evolui de forma silenciosa e sem sintomas específicos, mas a pessoa pode notar discreto desconforto ocular, dificuldade na visão noturna ou halos coloridos ao redor das lâmpadas.
Fazem parte do grupo de risco pessoas acima dos 40 anos de idade, afrodescendentes, portadores de alta miopia, diabéticos, hipertensos e pacientes que já tenham casos semelhantes na família, principalmente entre pais e irmãos.