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Os avanços nas abordagens para o câncer de mama, as conquistas das últimas décadas para o tratamento desse tumor

O tratamento do câncer de mama conta com o avanço da ciência para uma abordagem mais ampla, que pode incluir os procedimentos tradicionais de cirurgia, radioterapia e quimioterapia. “A hormonioterapia e a terapia alvo são novos métodos incorporados no tratamento desse tumor e que podem trazer resultados bastante positivos”, esclarece Ramon Andrade de Mello, médico oncologista, professor da disciplina de oncologia clínica da Unifesp (Universidade Federal de São Paulo), da Uninove e da Escola de Medicina da Universidade do Algarve (Portugal).

O professor da Unifesp explica que a terapia hormonal pode reduzir a ocorrência do câncer de mama em pacientes com alto risco genético. A hormonioterapia também contribui para mitigar o risco de retorno do tumor operado: “Já a terapia alvo atua diretamente nas moléculas indispensáveis para as atividades das células cancerígenas, freando sua expansão”.

O oncologista ressalta a importância do diagnóstico precoce: “mesmo que a mulher não tenha câncer, ela precisa procurar seu médico oncologista para fazer um check up oncológico para entrar em um programa de rastreio adequado possibilitando a prevenção dessa doença”.

Estimativas do Instituto Nacional de Câncer (Inca) apontam que o país deve registrar 66.280 novos casos em 2020. O tratamento depende da fase que a doença se encontra.

Além da herança genética, o oncologista Ramon de Mello alerta para outros fatores que aumentam os riscos da doença: “o uso de hormônio, obesidade, tabagismo e alcoolismo estão inclusos nesta lista. Portanto, a recomendação é buscar vida saudável, com atividades físicas periódicas e alimentação adequada”.

Sobre Ramon Andrade de Mello
Oncologista clínico e professor adjunto de Cancerologia Clínica da Escola Paulista de Medicina, Universidade Federal de São Paulo (Unifesp), Ramon Andrade de Mello tem pós-doutorado em Pesquisa Clínica no Câncer de Pulmão no Royal Marsden NHS Foundation Trust (Inglaterra) e doutorado (PhD) em Oncologia Molecular pela Faculdade de Medicina da Universidade do Porto (Portugal).

O médico tem título de especialista em Oncologia Clínica, Ministério da Saúde de Portugal e Sociedade Europeia de Oncologia Médica (ESMO). Além disso, Ramon tem título de Fellow of the American College of Physician (EUA) e é membro do Comitê Educacional de Tumores Gastrointestinal (ESMO GI Faculty) da Sociedade Europeia de Oncologia Médica (European Society for Medical Oncology – ESMO), Membro do Conselho Consultivo (Advisory Board Member) da Escola Europeia de Oncologia (European School of Oncology – ESO) e ex-membro do Comitê Educacional de Tumores do Gastrointestinal Alto (mandato 2016-2019) da Sociedade Americana de Oncologia Clínica (American Society of Clinical Oncology – ASCO).

O oncologista é do corpo clínico do Hospital Israelita Albert Einstein e Hospital 9 de Julho, em São Paulo, SP, e do Centro de Diagnóstico da Unimed (CDU), em Bauru (SP).

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