A madrugada desta quarta-feira (18) foi de apreensão aos moradores de Olímpia (SP) e trabalho intenso para o Corpo de Bombeiros. Ao todo, 15 ônibus e 10 carros foram incendiados.
Foram montadas barricadas com pneus e lixo, materiais que espalharam rapidamente as chamas.
A suspeita da polícia é de que o ato vandalismo tenha sido feito em represália a morte do eletricista Everson Luís Nunes Pereira, de 38 anos, baleado por um policial militar no domingo (15).
A maioria dos ônibus estavam no pátio da empresa Bom Tur, um ônibus rural foi queimado em uma rua do bairro Harmonia, e os 10 carros eram mantidos no pátio da Ciretran da cidade.
De acordo com a Polícia Militar, tudo começou às 21h30 desta terça-feira (17), e terminou somente às 5h desta quarta, foram oito horas de combate às chamas. Apesar do susto, ninguém ficou ferido.
O comando da PM trabalhou durante toda a noite na ocorrência e foi preciso pedir reforço para equipes de Barretos e Bebedouro.
A polícia ainda não identificou nenhum suspeito de ter participado do ato de vandalismo e vai investigar o caso. A Prefeitura de Olímpia informou estar em alerta e trabalhando em conjunto com a polícia.
A prefeitura informou também que apenas ônibus do transporte rural e rodoviário foram queimados, os veículos que fazem as linhas coletivas rodam normalmente. A prefeitura disse que o serviço de transporte urbano não foi paralisado, mas poderá sofrer algumas alterações. Já o transporte rural foi suspenso.
Morte em boate
Everson Luís Nunes Pereira foi enterrado nesta terça-feira em Olímpia. O eletricista foi morto a tiros por um da PM da capital. Conforme o boletim de ocorrência, eles teriam se envolvido em uma confusão no domingo, em uma casa noturna.
No B.O. consta que o PM estava com a esposa na balada quando ele se identificou como policial para o segurança. O ofocial relatou que, a partir de um momento, alguns indivíduos, ao verem que ele era policial, começaram a agredi-lo e jogar cerveja nele.
Ao ver que um dos homens tentou pegar o revólver de sua cintura ele segurou a arma e “houve um disparo”, segundo consta no BO. Um homem foi atingido e chegou a ser socorrido, mas não resistiu. No relato do policial também há a informação que a mulher dele chegou a ser agredida.
Já o irmão da vítima, Carlos Henrique Nunes Pereira, contou outra versão à reportagem da TV TEM. O rapaz, que também estava no local, afirmou que houve um esbarrão na mulher do policial. O casal foi tirar satisfação e a mulher acabou jogando bebida no grupo, dando origem a um tumulto. No meio da confusão o policial sacou a arma e disparou.
Após a ocorrência, o policial foi encaminhado à delegacia e prestou esclarecimentos, alegando que agiu em legítima defesa. A Polícia Civil abriu inquérito para apurar o caso e vai ouvir os envolvidos.
Fonte: g1.com