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O que é PISM?

Conseguir vaga em universidade pública é sonho de muitos brasileiros. Apesar disso, todo o processo ainda é bastante complexo e bem elitizado. É no sentido de tornar mais acessível a entrada na Universidade Federal de Juiz de Fora que surge o PISM. Mas, afinal, o que é PISM?

Apesar do sucateamento da educação provocado nos últimos anos, as faculdades públicas, sejam federais ou estaduais, ainda são referência de ensino do norte ao sul do país. Jovens ainda pensam em como entrar em Universidade Pública e dedicam anos de estudo para saber como passar no vestibular.

Democratização da Universidade.

Educação no Brasil é assunto controverso. Ao passo que as lutas por inclusão dos mais vulneráveis nos quadros de alunos das grandes universidades estejam a todo vapor, por outro lado, não é prioridade para as elites resolver este problema.

Pelo contrário, manter o status quo é muito mais interessante porque mantém a seletividade em favor das grandes elites. Nesse sentido, é problemática a situação de democratização do ensino nos últimos anos. A demonização de políticas de cotas e de inclusão por parte de determinados governantes, ameaça os avanços angariados por meio de muita luta.

Apesar das investidas, programas de acesso ao ensino que foram desenvolvidos anteriormente ainda se mantêm firmes. O ProUni, por exemplo, é um programa que fornece até 50% de bolsa a estudantes que pretendem ingressar faculdades particulares.

Por outro lado, o Sistema de Seleção Unificada, é um sistema por meio do qual instituições públicas disponibilizam suas vagas para candidatos que participarem do Enem. Ele seleciona os candidatos mais bem colocados em relação ao curso escolhido.

Ainda neste contexto, há o FIES, sigla para Fundo de Financiamento Estudantil. Ele visa conceder financiamento estudantil para ingresso em faculdades pagas. A ideia é que o aluno faça o curso pago pelo FIES, e depois que estiver inserido no mercado de trabalho ele possa arcar com os custos, sem juros e divididos em parcelas facilitadas, da faculdade que cursou.

Estas são algumas das ferramentas que foram importantes para a democratização do ensino superior no país. Pelo menos as que se tornaram mais tradicionais.

O que é PISM?

Criado como uma alternativa para os vestibulares tradicionais, o PISM surge em 1999, apesar de ter registrado sua primeira prova apenas dois anos depois, em 2001. Uma curiosidade é que nessa primeira prova, foram registrados 8.986 candidatos, ao passo que quase 20 anos depois, em 2020, o número de inscritos para as provas foi de 31.140 candidatos.

O PISM (Programa de Ingresso Seletivo Misto) se propõe a ser uma modalidade de avaliação seriada, na qual os candidatos são avaliados ao final de cada ano do ensino médio. Ou seja, o aluno terá que prestar uma prova, ou um módulo de avaliação, referente ao ano de ensino médio que cursou.

São chamados os Módulos I, II e III. Ou seja, o Módulo I é prestado ao final do primeiro ano do ensino médio, o II ao final do segundo e o III ao final do terceiro ano.

 

Como o PISM funciona?

A ideia do projeto é poder avaliar o aluno pelo conteúdo programático referente ao ano do ensino médio em questão. Em tese, isso diminuirá a carga de estudos voltados para o vestibular.

Além disso, o PISM pretende valorizar a comunidade local, visto que é um programa de ingresso na Universidade Federal de Juiz de fora, e contempla estudantes da região.

A desvantagem para quem descobriu o programa de maneira tardia, é que só é possível ser parte cumprir todos os 3 módulos de avaliação. Ou seja, se você não prestou a prova do primeiro ano, não será mais possível fazer, assim como não terá validade ter feito as duas primeiras avaliações, e deixar de fazer a última, ou seja, o módulo III.

Além disso, cada módulo tem um peso na média final do candidato. Neste sentido, o módulo I tem peso 2, o módulo II tem peso 3, e o módulo III tem peso 5. Ainda, a soma de pontos na última prova é diferente das duas primeiras. Na I e II, é possível somar apenas 120 pontos em cada uma delas, ao passo que na última, é possível fazer 140.

Desta maneira, a avaliação do módulo III corresponde a 50% da nota total do projeto. A vantagem aqui, é que se o candidato for mal nas primeiras provas, tem chance de se recuperar.

Vale esclarecer então, que quem pode iniciar no processo deve estar no primeiro ano do ensino médio. Além deste, é possível participar do programa quem esteja fazendo EJA ou outras modalidades de supletivo.

Para fazer inscrição nas próximas edições do PISM, basta acessar o site na Área do Candidato, e ficar atento aos próximos editais.

Algumas palavras sobre avaliação seriada

O ano de vestibular é muito desgastante para os candidatos. Principalmente para quem vem de escola pública. A tentativa de tentar tirar o atraso das matérias de última hora, e competir com quem teve educação básica de qualidade, deslegitima o combate.

Nesse sentido, distribuir a carga de estudos focados no vestibular ao longo de todo o ensino médio, é uma boa alterativa para suavizar a carga de estudos que se tem em vestibulares tradicionais.

Além disso, faz o aluno ter engajamento por mais tempo no vestibular, o que pode levar muitos alunos que não teriam incentivo ao longo de todo o ensino médio, a se tornarem estudantes interessados durante os três anos.

Caso tenha mais alguma dúvida ou precise de maiores esclarecimentos, entre em contato conosco por meio do formulário abaixo.

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