O juiz da 23ª Vara Federal de Curitiba, Paulo Sérgio Ribeiro, manteve o decreto de prisão preventiva de Deonilson Roldo, ex-chefe de gabinete do ex-governador do Paraná e candidato ao Senado Beto Richa (PSDB). Além de Roldo, permanece preso por decisão do magistrado o empresário Jorge Atherino, apontado como operador de propinas do tucano. A decisão é desta segunda-feira (24).
Ribeiro herdou do juiz federal Sérgio Moro os processos referentes à Operação Piloto após o Superior Tribunal de Justiça (STJ) entender, no último dia 19, que o caso investigado não tem relação com a Lava Jato, embora tenha sido considerado como a 53ª fase da operação. Por isso, a ação penal deveria sair das mãos de Moro.
Ao acatar a decisão do STJ e remeter o processo a outra vara criminal, Moro recomendou ao colega que mantivesse todas as decisões proferidas até o momento e destacou os motivos que o levaram a decretar a prisão preventiva dos investigados: o risco de continuidade da prática criminosa e o de obstrução da Justiça. Tendo em vista a recomendação, Ribeiro acompanhou o entendimento anterior de Moro, e manteve as prisões preventivas.
A Operação Piloto foi deflagrada no último dia 11. A ação apura o pagamento de propina pela empreiteira Odebrecht ao núcleo do governo do Paraná para conseguir o direcionamento de contrato de duplicação da PR-323, no norte e noroeste do estado, entre os municípios de Francisco Alves e Maringá.
A CBN Curitiba fez contato com a defesa de Deonilson Roldo e aguarda retorno.