O Movimento Sem Terra (MST) intensificou suas invasões, ocupando 11 propriedades em diversos estados durante o evento conhecido como Abril Vermelho. As ações têm como objetivo pressionar o governo federal por uma reforma agrária mais efetiva, cobrando o assentamento de 100 mil famílias acampadas no país, de acordo com uma carta divulgada pelo MST em janeiro.
O ministro do Desenvolvimento Agrário, Paulo Teixeira, responsável pelo diálogo com o movimento, anunciou no sábado que a pasta está retomando as políticas de reforma agrária que estavam estagnadas. Durante a inauguração do Assentamento Egídio Brunetto I, em São Paulo, Teixeira afirmou que o governo tem como meta assentar 60 mil famílias até o final do mandato de Lula.
A secretária executiva do ministério, Fernanda Machiavelli, reforçou a importância da nova abordagem, destacando que a meta é assentar 29 mil famílias até o final deste ano, algo que não acontecia desde 1998. Ela ressaltou que estão ocorrendo mudanças significativas na reforma agrária e que se trata de uma retomada radical.
Embora os líderes do MST tenham manifestado insatisfação com o ritmo das desapropriações de terras, o presidente Lula demonstrou recentemente maior proximidade com movimentos de esquerda, como o MST. A visita de Lula ao acampamento Quilombo Campo Grande em Campo do Meio (MG) resultou no anúncio de mais de 12 mil lotes para famílias acampadas em assentamentos rurais.
As recentes invasões, incluindo a Usina São José em São Paulo e uma propriedade em Minas Gerais, evidenciam a luta contínua do MST e marcam o Abril Vermelho, lembrando o trágico massacre de Eldorado dos Carajás em 1996. Neste período, o movimento intensifica suas ações e reivindica ações concretas em prol da reforma agrária.
Com infos da AE.
MST intensifica invasões; ministério promete retomada radical da reforma agrária
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