Motoristas da uber estão reunidos desde o início da tarde desta quarta-feira (21), na praça de Coqueiral de Itaparica, em Vila Velha, em protesto pela morte do colega Gilson Matos Pereira, de 56 anos, assassinado por um ladrão que tentou roubar o carro dele na noite desta terça-feira (20).
De acordo com representante da Associação de Motoristas de Aplicativos do Espírito Santo (AMADES), Carlos de Jesus Oliveira, cerca de 100 motoristas participam da manifestação. Eles vão sair de Coqueiral de Itaparica em carreata, passando pela Terceira Ponte, Praia de Camburi, Praia do Canto e Reta da Penha.
“Estamos indignados. E essa manifestação é para alertar a população. Vamos passar até o escritório das empresas porque vivemos uma completa insegurança. Isso é o cúmulo do absurdo. Estamos a mercê dos bandidos”, disse Carlos, indignado com morte do colega de forma tão violenta.
O CRIME
O motorista Gilson Matos Pereira, de 56 anos, que fazia corridas pelo app da Uber, foi assassinado com um tiro no peito durante uma tentativa de assalto em Jockey de Itaparica, em Vila Velha, na noite desta terça-feira (20). Após o disparo, o bandido fugiu sem levar o carro.
O crime aconteceu na Rua Rio de Janeiro, por volta das 21 horas. Gilsso acabava de deixar um passageiro em casa quando foi abordado por um criminoso armado, que chegou a pé. O bandido anunciou o assalto, exigindo o Ecosport da vítima. Gilsso reagiu e foi baleado pelo criminoso.
Após atirar no motorista, o assaltante tentou sair com o carro, mas não encontrou a chave do veículo, já que momentos antes a vítima tinha guardado no bolso na calça.
Um técnico de enfermagem que mora na região contou à reportagem que apenas ouviu um grito, seguido por um tiro. Ao sair de casa, o técnico encontrou Gilson agonizando no banco do motorista. O criminoso já havia fugido. Já o passageiro, não foi localizado pela reportagem.
Segundo o técnico de enfermagem, ele ainda tentou reanimar o motorista por cerca de 10 minutos. Mas ele não resistiu e morreu. Familiares de Gilsso foram ao local do crime. Muito abalados, eles contaram que a vítima era aposentada de uma mineradora multinacional e que há dois anos trabalhava para a Uber.
A polícia fez rondas na região, mas nenhum suspeito foi localizado. O caso será investigado pela Delegacia de Especializada de Furtos e Roubos de Veículos (DFRV).

Fonte: Gazeta Online