O procurador-geral da República, Augusto Aras, disse nesta 3ª feira (12.jul.2022) que eventual conclusão de crime político no assassinato do petista Marcelo Arruda, por si só, não justifica a federalização das investigações. A entrevista foi dada a jornalistas do jornal digital Poder360, do canal de notícias GloboNews e da revista Veja.
Para Aras, o envio do caso à Justiça Federal dependeria da existência de vícios na apuração ou da própria atuação do MP (Ministério Público) e da Justiça Estadual.
“Não podemos antecipar situações que, em tese, não podem ser apreciadas”, afirmou. “Qualquer apreciação minha seria temerária no momento em que o sistema da Justiça do Paraná está atuando, ao menos do ponto de vista da divulgação da imprensa, sem nenhuma anormalidade.”
O procurador-geral se reuniu nesta 3ª feira (12.jul) com integrantes da coligação da pré-campanha do ex-presidente e pré-candidato à Presidência pelo PT, Luiz Inácio Lula da Silva, para discutir a federalização das investigações sobre o assassinato de Arruda. Também discutiram outros casos de violência política.
Durante a reunião, Aras afirmou que é preciso aguardar a conclusão do inquérito que corre no Paraná para decidir se é possível enviar o caso à Justiça Federal. O inquérito deve ser concluído em 19 de julho. O PGR não mencionou o presidente Jair Bolsonaro (PL) no encontro.
“Excluímos imediatamente a competência da Justiça Eleitoral. Ou o fato tem um interesse da Justiça Estadual ou da Justiça Federal. Em se tratando de homicídio, certamente não há homicídio eleitoral, do ponto de vista eminentemente técnico”, declarou.
Motivação política de crime não implica federalização, diz Aras
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