Na última sexta-feira, o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes, ordenou a libertação da missionária Eliene Amorim de Jesus, que ficou detida por dois anos devido aos eventos do dia 8 de janeiro de 2023.
No entanto, a decisão de Moraes não significa liberdade total para Eliene. Ela terá que cumprir uma série de medidas cautelares determinadas pelo magistrado. Entre essas medidas, está a obrigação de utilizar uma tornozeleira eletrônica antes de sair do Complexo Penitenciário de Pedrinhas, em São Luís (MA).
Além disso, Eliene está proibida de utilizar redes sociais, comunicar-se com os outros envolvidos nos eventos de janeiro de 2023, dar entrevistas ou receber visitas, com exceção do seu advogado, pais e irmãos.
Seu advogado, Hélio Garcia Ortiz Júnior, também representa Débora dos Santos, uma cabeleireira presa nos mesmos eventos e condenada a 14 anos de prisão por Moraes.
Eliene, de 28 anos, natural do interior do Maranhão, é membro da Assembleia de Deus Campo Miracema, já trabalhou como manicure e era estudante de Psicologia. Apesar de não possuir antecedentes criminais, ela foi detida. Não há provas diretas de sua participação ativa na destruição de patrimônio público ou na organização dos eventos em Brasília (DF).
Uma das evidências apresentadas contra Eliene foi a publicação de uma história nas redes sociais mencionando a possibilidade de escrever um livro sobre os acontecimentos. Testemunhas afirmam que ela estava do lado de fora do Palácio do Planalto no dia dos eventos.
Moraes manda soltar missionária presa pelo 8 de janeiro
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