O Ministério da Educação (MEC) autorizou escolas a contabilizarem atividades remotas para compor as 800 horas exigidas para o ano letivo. A proposta pretende minimizar a necessidade de reposição presencial, permitindo manter o fluxo de atividades escolares durante a quarentena devido à pandemia.
Meios digitais, videoaulas, plataformas virtuais, redes sociais, programas de televisão ou rádio e material didático entregue impresso são alternativas sugeridas que podem ser computadas. Em função da pandemia, o ano de 2020 não precisa cumprir 200 dias letivos.
A medida faz parte do pacote de diretrizes elaboradas pelo Conselho Nacional de Educação (CNE) e homologadas na segunda-feira pelo MEC, que orienta a reorganização das atividades acadêmicas durante a situação de emergência por causa da Covid-19.
Em Vila Velha, as escolas municipais utilizarão as atividades remotas do site Conectados da Vila para computar carga horária obrigatória. O conteúdo estudado em casa também já está sendo considerado pela rede privada.
Segundo o superintendente do Sindicato das Empresas Particulares de Ensino do Espírito Santo (Sinepe-ES), Geraldo Diório, alunos com bom aproveitamento em casa podem não precisar da reposição.
“Os alunos que tiveram defasagem no ensino remoto serão amparados para receber reforço e revisar o conteúdo”, afirmou.
Outra orientação é quanto à utilização de períodos não previstos, como sábados e férias de julho, para compensar as horas necessárias para o cumprimento do ano letivo.
No Espírito Santo, escolas estaduais trabalham com a possibilidade de abrir as portas aos sábados, dependendo da evolução da pandemia. Os municípios de Cariacica e Serra também avaliam atividades aos sábados após a volta às escolas.
Tarefas no contraturno também são avaliadas. Os calendários devem ser definidos assim que houver perspectiva de retomada.
O secretário de Educação de Cariacica, José Roberto Martins Aguiar, destaca que nenhuma estratégia será desalinhada do Estado. “Os professores atendem a mais de uma rede de ensino, então temos de pensar em um calendário de reposição unificado”.
Ministério da Educação
- Os sistemas de ensino podem computar atividades não presenciais para cumprimento da carga horária.
- Meios digitais, videoaulas, plataformas virtuais, redes sociais, programas de televisão ou rádio e materiais didáticos entregues impressos são alternativas sugeridas.
- As 800 horas de aulas exigidas podem ser organizadas em período diferente dos 200 dias letivos anuais.
- A reposição pós-pandemia poderá ser em períodos não previstos, como sábados e recesso em julho. Férias poderão ser reprogramadas.
- A ampliação da jornada escolar diária ou utilização do contraturno também podem ser consideradas.
- Na parte do documento que trata sobre avaliações e exames nacionais e estaduais e de instrumentos avaliativos, o MEC encaminhou o texto ao CNE para uma nova proposta.
- Para a educação infantil, a orientação é buscar aproximação virtual com as famílias, de modo a estreitar vínculos e sugerir atividades às crianças e aos responsáveis.
- Nos anos iniciais do ensino fundamental, as atividades não presenciais devem delimitar o papel dos adultos que convivem com os alunos.
- Nos anos finais do ensino fundamental e no médio, as atividades não presenciais devem ter mais espaço. O apoio dos adultos deve ser com planejamentos, metas, horários de estudo presencial ou online, já que esses alunos têm mais autonomia.
Sedu
- As aulas aos sábados são uma possibilidade, dependendo da evolução da pandemia.
- Até o momento, a rede estadual não tem considerado as atividades pedagógicas não presenciais como carga horária letiva.