Marelinha morre atropelada em frente a Igreja Maranata do Limão, em Piúma

Caminhão de supermercado atropela e mata cadela na Rua Anchieta, em frente à Igreja Maranata perto Bar do Bagre em Piúma.

Marelinha foi morta na tarde desta terça-feira, 22, por volta das 15h00, depois de viver 12 anos na família de Maria Fernanda Marcelino, de 30 anos, que reside na Rua Anchieta, número 1168, no bairro Limão, em Piúma. Na hora do atropelamento a cadela estava embaixo da castanheira, em frente à Igreja Maranata, segundo a sua tutora.

Um caminhão que faz entregas para o Supermercado Nogueira (antigo Multishow) atropelou e matou a cachorra próximo a calçada da casa onde ela vivia. A morte de Marelinha causou muita dor e revolta na família de Fernanda que contou ter dado a cadelinha a filha quando a bebê nasceu. São 12 anos de convivência. “Eu estava no meu trabalho, minha filha me ligou desesperada e me contou que o pessoal do supermercado tinha atropelado a minha cachorra. Ela estava deitada praticamente em frente a minha casa e o caminhão, infelizmente veio, passou por cima, pocou ela por dentro, não prestaram nenhum socorro. A minha cachorra está aqui na minha calçada morta. Fui ao supermercado conversar com o gerente, a moça disse que não tinha gerente, fiquei estressada e de repente apareceu; eu falei o que tinha acontecido, ela perguntou se queria que tirasse o corpo dela da rua, eu falei que sim. Voltei para casa, esperei, eles vieram na porta da minha casa, só tiraram foto e foram embora”, disse.

Bastante emocionada e chorando Fernanda disse que o motorista do caminhão não parou e não prestou socorro a cachorra. “Ela estava deitada. Ela sempre ficava deitadinha aqui, ia fazer xixi e voltava, fica perto da calçada, depois ela vinha batia no portão e eu abria para ela entrar. Ela não estava no meio da rua”.

Fernanda disse que agora ficou com dois animais, a Zuli e o Amarelão, “muito amigo da Amarelinha, está aqui muito triste olhando para o corpo da amiga dele que infelizmente foi assassinada. Eu quero que eles venham aqui e tire o corpo da minha cachorra daqui. Eu quero que eles paguem pelo que eles fizeram. É muito triste e doloroso pra mim. Eu tô sem chão agora, é como se fosse a minha filha”.

Segundo Fernanda amanhã ela vai a Delegacia da Polícia Civil – PC registrar um Boletim Unificado e pedir providências.  

O outro lado

A Reportagem entrou em contato com o Supermercado Nogueira para ouvir a versão do motorista. Segundo informações do estabelecimento, o motorista contou que parou o caminhão na Rua Anchieta para fazer uma entrega. Desceram o motorista e o ajudante, fizeram a entrega da compra em uma casa. Ao voltar para o caminhão, a cadela estava deitada embaixo do veículo, o motorista não viu, apenas ouviu um barulho. Ele teria parado o veículo e ido olhar, viu a cachorra ferida, mas foi embora. Informações dão conta de que o motorista retornou ao local, fez fotos e voltou para o supermercado. Não havia mais o que fazer, infelizmente. Sobre recolher o animal morto, o supermercado informou que o motorista não tinha autorização para este serviço.