Os manifestantes se reuniram na praia de Ipanema, no Rio de Janeiro, para protestar contra a Proposta de Emenda à Constituição (PEC) 3/2022, em uma manifestação marcada por cartazes, gritos de “a praia é do povo” e a simulação de uma privatização da praia com fitas pretas e amarelas.
O objetivo da PEC das Praias é modificar a Constituição Federal, estabelecendo novas diretrizes para a propriedade e gestão dos terrenos de marinha, que incluem uma faixa de 33 metros para o interior, a partir da linha de maré alta. Os manifestantes, liderados pelo deputado estadual Carlos Minc, alertam sobre os impactos negativos ambientais e sociais que a proposta pode trazer.
Segundo Minc, a privatização da faixa do mar pode resultar em restrições ao acesso às praias, limitando o lazer e a liberdade de desfrutar desses espaços públicos. Além disso, a proposta também pode afetar pescadores, como Cláudio Nei, de Sepetiba, que dependem dessas áreas para sua subsistência.
O grupo de manifestantes, composto por diversos setores da sociedade, busca chamar a atenção para os possíveis impactos da PEC das Praias e pressionar as autoridades a repensarem a proposta. A mobilização na praia de Ipanema demonstra a preocupação e a resistência da população em relação a questões que afetam diretamente a utilização e a preservação desses espaços tão importantes para o convívio e o bem-estar de todos.
Em um momento em que o debate sobre a preservação ambiental e a garantia de acesso aos espaços públicos está em pauta, é fundamental que a sociedade esteja atenta e participe ativamente das discussões que impactam o seu dia a dia. A mobilização popular é essencial para garantir que as decisões tomadas pelas autoridades reflitam os interesses e necessidades da população em geral.
O protesto na praia de Ipanema é mais um capítulo dessa luta constante pela proteção do meio ambiente, pelo acesso democrático aos espaços públicos e pela defesa dos direitos de todos. A presença ativa da sociedade civil é fundamental para garantir que as vozes dos cidadãos sejam ouvidas e que as decisões tomadas estejam alinhadas com o bem comum.