O ex-ministro da Secretaria de Assuntos Estratégicos da Presidência, Roberto Mangabeira Unger, recentemente fez uma sugestão inusitada em uma entrevista à revista Veja: ele sugeriu que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva não concorra à reeleição em 2026. Mangabeira argumentou que Lula deveria se concentrar em formar um sucessor para acabar com a polarização política no Brasil.
De acordo com Mangabeira, a polarização entre esquerda e direita tem desviado o foco das questões econômicas fundamentais para uma disputa moral. Ele argumenta que tanto Lula quanto o ex-presidente Jair Bolsonaro representam uma “falsa direita e falsa esquerda”, com projetos políticos semelhantes.
Para solucionar esse problema, Mangabeira propõe que Lula abra mão de concorrer à reeleição e se concentre em construir um sucessor. Ele sugere que o governador do Piauí, Rafael Fonteles, do PT, seria uma boa opção para substituir Lula. O filósofo de Harvard também criticou a predominância de São Paulo na liderança do PT e indicou que figuras como Fernando Haddad não representam o melhor caminho para o futuro do partido.
Mangabeira, que já foi considerado um “guru” da esquerda, revelou que tentou marcar reuniões com Lula diversas vezes, sem sucesso. Ele destacou a resistência inicial do presidente em se reunir com ele, o que pode estar relacionado a um encontro anterior com Bolsonaro, no qual Mangabeira cogitou apresentar um habeas corpus ao STF para evitar a prisão de Lula.
A sugestão de Mangabeira para que Lula crie um sucessor tem gerado debates e reflexões sobre o futuro da política brasileira. Será que Lula seguirá o conselho do filósofo de Harvard e abrirá caminho para uma nova liderança no PT? A resposta a essa pergunta ainda está por vir, mas é certo que o cenário político do Brasil continuará a ser moldado por essas discussões.
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Mangabeira diz que Lula não deve tentar a reeleição em 2026
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