Ao destacar a importância do Dia Nacional da Consciência Negra, celebrado neste domingo, 20 de novembro, o deputado Sergio Majeski (PSDB) considerou negativa a forma como muitas pessoas reagiram nas redes sociais em relação à data.
Para o deputado, o fato de postagens considerarem a data um “absurdo”, e defenderem, ao invés disto, a instituição de um dia da “consciência humana”, demonstra que boa parte da população não consegue entender a história da escravidão no Brasil.
Ao discursar na sessão plenária desta segunda (21), Majeski citou que 20 de novembro remete ao dia da morte de Zumbi dos Palmares, no ano de 1695, ícone da luta dos negros pela liberdade na época escravocrata que abrangeu os períodos da colônia e do império.
O parlamentar lembrou que, mesmo após a Abolição da Escravatura – ocorrida por meio da Lei Áurea assinada pela princesa Isabel em 13 de maio de 1888 – a liberdade dos negros nunca foi plena, haja vista que foram abandonados “à própria sorte” pelos antigos senhores.
“Os pretos, como eles preferem ser chamados, foram alijados de qualquer tipo de desenvolvimento, e ficaram perdidos pelas ruas do Brasil sem acesso à educação, à terra e ao trabalho”, registrou.
Conforme Sergio Majeski, dessa situação de abandono social resulta o que se tornou conhecido por setores da sociedade como dívida histórica do país em relação aos afrodescendentes.
O parlamentar afirmou que a exclusão histórica dos negros justifica a importância de se ter uma data específica de conscientização sobre o que foi a escravidão e as consequências negativas que até hoje ela significa para os brasileiros pretos.
Ele acrescentou que a reflexão não pode ficar condicionada a uma data apenas, já que o processo de luta da sociedade pela inclusão social dos negros é dinâmico e deve ser construído diariamente.
Câncer de pâncreas
O deputado Doutor Hércules (Patri), presidente a Comissão de Saúde da Assembleia Legislativa, destacou que novembro é o mês de conscientização sobre o câncer de pâncreas.
Ele explicou que por ser de difícil diagnóstico precoce, a neoplasia pancreática é a mais letal de todos os cânceres, pois geralmente quando é descoberta já se encontra em estado avançado.
Segundo o Instituto Nacional do Câncer (Inca), o câncer de pâncreas mais comum é do tipo adenocarcinoma (que se origina no tecido glandular), correspondendo a 90% dos casos diagnosticados. A maioria dos casos afeta o lado direito do órgão (a cabeça). As outras partes do pâncreas são corpo (centro) e cauda (lado esquerdo).
No Brasil, é responsável por cerca de 2% de todos os tipos de câncer diagnosticados e por 4% do total de mortes causadas pela doença. Raro antes dos 30 anos, torna-se mais comum a partir dos 60.
Segundo a União Internacional para o Controle do Câncer (UICC), os casos de câncer de pâncreas aumentam com o avançar da idade: de 10 por 100 mil habitantes entre 40 e 50 anos para 116 por 100 mil habitantes entre 80 e 85 anos. A incidência é mais significativa no sexo masculino.
Homenagem
Os deputados prestaram homenagem ao ex-deputado estadual Antônio Pelaes da Silva, morto em casa no último dia 12 de novembro. Segundo informações prestadas por familiares à imprensa, ele sofreu um infarto enquanto dormia.
Ainda de acordo com essas informações, o ex-parlamentar, que atuou na Ales entre 1978 e 1990, sofria de diabetes, Alzheimer e Parkinson. Além de deputado, foi também vereador e vice-prefeito de Vitória.
O deputado Torino Marques (PTB), que juntamente com outros colegas de plenário pediu um minuto de silêncio em memória de Pelaes, destacou a atuação do político como vereador de Vitória em prol do desenvolvimento da Região Metropolitana. Tal fato contribuiu para que Pelaes fosse o deputado estadual mais votado na capital quando se elegeu pela primeira vez para mandato na Ales.
Marques citou, ainda, entre outras bandeiras da história política de Antônio Pelaes, a luta pela construção da segunda ponte e a defesa da exploração do transporte aquaviário por empresas concessionárias, e não pelo governo estadual. “Ele foi também o autor do projeto de construção do Hospital da Polícia Militar (HPM)”, destacou Torino.
Deputado avalia que pessoas que usaram as redes sociais para contestar a data desconhecem história da escravidão no Brasil
Majeski rebate críticas ao Dia da Consciência Negra
Fonte: Assembleia Legislativa do ES.
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