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NotíciasBrasilMaio está sendo de grandes volumes de chuva no País, segundo Climatempo

Maio está sendo de grandes volumes de chuva no País, segundo Climatempo

Durante a primeira quinzena de maio, a chuva sobre o Brasil ficou quase toda concentrada sobre o Norte e o Nordeste. Alguns trechos do litoral do Sul e do Sudeste tiveram eventos de chuva volumosa, mas a falta de chuva predominou pelo interior destas regiões.

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O volume de chuva acumulado nos 18 dias de maio em algumas capitais reflete exatamente esse grande contraste de chuva entre o litoral e o interior e entre o Norte/Nordeste e o centro-sul do pais.

Até o fim de maio teremos mais 3 frentes frias com chance de provocar alguma chuva pelo interior do país, ou de espalhar um pouco de umidade pelo interior do Brasil, mas nem todas as capitais, nem todo interior terão chuva. Confira a situação atual e o que vem por aí!

Chuva de maio no Brasil

O mapa mostra o volume de chuva acumulado no Brasil no período de 15 dias, de 3 a 18 de maio de 2021, pela medição do INMET – Instituto Nacional de Meteorologia. Os tons de verde escuro, azul e cinza representam os volumes chuva elevados. Os tons de verde claro, laranja e quase branco significam pequenos volumes acumulados.

Chuva acumulada em entre 3 e 18 de maio de 2021 (INMET)

Dá para perceber claramente a maior quantidade de chuva sobre o Norte e o Nordeste e os bolsões de chuva volumosa no litoral do Sul e do Sudeste. Os volumes de chuva nas capitais representam a chuva acumulada entre 1 de maio e 9 horas de 18 de maio.

Chuva de maio em algumas capitais

João Pessoa (PB): mais de 400 mm em menos de 1 mês

Segundo dados do INMET (Instituto Nacional de Meteorologia), pela estação convencional, do dia 1 de maio até 9 horas do dia 18 choveu 418,1 mm sobre João Pessoa , capital da Paraíba. Isso é equivalente a 47% de chuva acima da média normal para um mês de maio, que é de 284 mm. Porém, em maio de 2020 choveu 516,3 mm sobre João Pessoa.

São Luís (MA): maio mais chuvoso dos últimos 3 anos

São Luís, capital do Maranhão, está tendo o maio mais chuvoso dos últimos 3 anos. Pelos dados da estação convencional do INMET, em 18 dias foram acumulados 321,8 mm. Isso representa 6,4% de chuva acima da Clima tologia de maio, que é de 302,0mm.

Confira os acumulados de chuva em maio em São Luís nos últimos anos

2014: 760,7mm

2015: 399,7mm

2016: 264,9mm

2017: 329,9mm

2018: 374,2mm

2019: 226,7mm

2020: 236,0mm

2021: 321,8mm (até 9h de 18/5)

Vitória (ES): chuva de maio sobrou a média

Em Vitória , capital do Espírito Santo, choveu 149,2mm em 18 dias de maio, segundo medições do INMET. Isto significa 102,4% acima da média normal para maio, que é de 73,7 mm. A capital capixaba já acumula um pouco mais do que o dobro da média de chuva para maio, porém, quase toda a chuva caiu durante a passagem de uma frente fria, entre 7 e 10 de maio. Este está sendo o maio mais chuvoso em 2 anos. Em maio de 2020 choveu apenas 59,9mm. Porém, em maio de 2019 choveu 257,9mm.

Manaus (AM)

Em 18 dias de maio de 2021, Manaus recebeu 171,9 mm, valor que ainda está abaixo da média climatológica para maio que é de 246,9 mm. Pelos dados da estação convencional do INMET, choveu 1397,5mm sobre Manaus entre os dias 01/01/2021 e 18/05/2021, sendo que a média climatológica do ano é de 2301,2mm.

Vários bairros de Manaus foram inundados nos últimos dias por causa da cheia do rio Negro. Segundo o Serviço Geológico do Brasil, o nível do rio Negro é um dos mais altos em 119 anos de medições e estava em 29,74 metros às 02h45 do dia 17/05/2021. Esta é a terceira maior cheia do rio Negro desde 1902, quando começaram as medições.

Rio de Janeiro (RJ)

Por ser uma capital litorânea, o Rio De Janeiro é bastante influenciado por frentes frias que avançam pelo litoral da Região Sudeste. Duas frentes frias provocaram chuva no Rio entre os dias 7 e 14 de maio, até chuva de forte intensidade. A estação meteorológica do INMET no forte de Copacabana já acumulou 77,4 mm em 18 dias de maio.

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Capitais na seca

As capitais Belo Horizonte , Goiânia , Brasília , Cuiabá e Campo Grande tiveram pouca ou nenhuma precipitação acumulada transcorridos 18 dias de maio de 2021.

Em Belo Horizonte teve apenas um evento de chuva que deixou 6 mm acumulados. A média para maio é de aproximadamente 28 mm. Se não chover mais nada até o fim do mês, a capital mineira terá tido o maio mais seco desde 2016, quando não houve registro de chuva mensurável na estação meteorológica de Santo Agostinho, operada pelo INMET

Em Goiânia e em Cuiabá ainda não choveu nada em maio. As frentes frias que esfriaram Cuiabá por alguns dias provocaram muita nebulosidade, mas nenhuma chuva. Nos últimos 4 anos, entre 2017 a 2020, a capital de Mato Grosso recebeu de 56 mm a quase 90 mm de chuva em maio.

Em Goiânia, a secura impera desde o começo de abril. A última chuva registrada pelo INMET na região foi entre os dias 7 e 8 de abril. A capital de Goiás já está a 40 dias consecutivos sem nenhuma precipitação. Se não chover até o fim de maio serão 53 dias de seca.

Chover pouco em Brasília em maio é comum. A média histórica de chuva para o mês é de aproximadamente 30 mm. Mas maio de 2021 está sendo mais seco que o normal na região da capital federal. O INMET contabilizou em 18 dias apenas 3,7 mm de chuva. Em 2020 choveu 38,6 mm. Se não chover mais nada até o fim do mês, maio de 2021 será o maio mais seco em Brasília desde 2014, quando choveu apenas 2,8 mm. Outro maio tão seco como atual foi o de 2016, quando Brasília recebeu apenas 3,9 mm de chuva.

São Paulo e Porto Alegre também podem ser consideradas capitais secas, embora tenham acumulados quase 40 mm nos 18 dias de maio. Porém, a chuva caiu em poucos dias e o restante do mês foi seco, embora alguns dias tenham sido até com bastante nebulosidade. Algumas regiões da capital paulista até tiveram chuviscos, uma chuva leve e rápida, que não foi medida, mas na prática, é o tempo seco que vem predominando

Segundo o INMET, São Paulo acumulou 30,6 mm, mas em apenas 1 dia. Em Porto Alegre já choveu 39,4 mm, em 3 dias com chuva e 1 dia de chuviscos.

Frentes frias até o fim de maio

Até o fim de maio, são esperadas 3 frentes frias sobre o Brasil e com chance de provocar alguma chuva pelo interior do país. Capitais como Belo Horizonte e Cuiabá poderão ser beneficiadas com um pouco de chuva de alguma destas frentes frias. Porém, a chance de chover em Goiânia e em Brasília é remota. Em Goiânia, se não chover nada na passagem destas frentes frias, no dia 31 de maio serão completados 53 dias consecutivos sem chuva.

Fique atento!

Duas frentes frias esperadas para a última semana de maio devem trazer fortes massas de ar frio, com potencial para esfriar muito o Sul, parte do Sudeste, do Centro-Oeste e do Norte. Devem ser as massas de ar frio mais fortes deste ano, até agora. Agricultores, atenção! O risco de geada pode ser elevado na próxima semana no Sul e até em áreas do Sudeste e do Centro-Oeste. Acompanhe as notícias do tempo e do clima pelo site e pelo aplicativo da Climatempo .

Sobre a Climatempo

Com solidez de 30 anos de mercado e fornecendo assessoria meteorológica de qualidade para segmentos estratégicos, a Climatempo é sinônimo de inovação. Foi a primeira empresa privada a oferecer análises customizadas para diversos setores do mercado, boletins informativos para meios de comunicação, canal 24 horas nas principais operadoras de TV por assinatura e posicionamento digital consolidado com website e aplicativos, que juntos somam 20 milhões de usuários mensais.

Em 2015, investiu na instalação do LABS Climatempo, no Parque Tecnológico de São José dos Campos (SP), que atua na pesquisa e desenvolvimento de soluções para tempo severo, energias renováveis (eólica e solar), hidrologia, comercialização e geração de energia, navegação interior, oceanografia e cidades inteligentes. Em 2019, a Climatempo passou a fazer parte do grupo norueguês StormGeo, líder global em inteligência meteorológica e soluções para suporte à decisão, e dois anos depois, em 2021, uniu-se à Somar Meteorologia, formando a maior companhia do setor na América do Sul. A fusão das duas empresas impulsiona a Climatempo a ser protagonista global de fornecimento de dados e soluções para os setores produtivos do Brasil e demais países da América Latina, com capacidade de oferecer informações precisas de forma mais ágil e robusta.

O Grupo Climatempo segue presidido pelo meteorologista Carlos Magno que, com mais de 35 anos de carreira, foi um dos primeiros comunicadores da profissão no país.

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