Mães adolescentes, ou seja, menores de 18 anos, estão desamparadas pelo governo federal em meio à crise do novo coronavírus e clamam pelo auxílio emergencial de R$ 600. Segundo números mais recentes do IBGE apontam que a cada sete (15%) bebês nascidos em 2018, cerca de uma mãe tinha menos de 19 anos.
Apesar de o benefício ser pago em dobro (R$ 1,2 mil) a mães chefes de família, as jovens não podem nem mesmo fazer o cadastro, pois são barradas na regra da menoridade, visto que uma das exigências é ter mais de 18 anos. O Senado Federal aprovou, no último dia 22, um projeto que amplia o alcance do benefício para mais de 70 categorias. As mães adolescentes foram incluídas.
Ocorre que, duas semanas depois, porém, o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) ainda não sancionou o projeto. Além disso, disse que estuda vetar a ampliação.
Ante a demora do governo federal para dar uma resposta, as mães adolescentes se viram como podem em meio à crise do coronavírus. Algumas dividem as tarefas de casa com estudos e trabalhos. Outras, precisaram largar a escola para cuidar das crianças. E tem aquelas que não recebem ajuda nem mesmo do pai. Claramente, a situação piorou com a chegada do vírus.
Confirmação
A ampliação do auxílio emergencial foi enviada ao presidente Jair Bolsonaro no último dia 23, ou seja, menos de 24 horas após ser aprovado no Senado. O presidente tem até o dia 14 deste mês para sancionar ou vetar o projeto de lei.
“O presidente não foi bem claro no que vai fazer, se vai sancionar, ou vetar em parte. A demora dele só prejudica os mais vulneráveis e mais pobres”, disse o senador Randolfe Rodrigues (Rede-AP), autor da proposta.
FONTE:folhadoes.com